Intenção de compras para Páscoa volta a crescer em 2022 e anima o setor do varejo potiguar

De acordo com levantamento da Fecomércio, cada consumidor natalense pretende gastar em média R$ 97,66 durante o período, reaquecendo o mercado e trazendo boas expectativas para o setor

por: NOVO Notícias

Publicado 11 de abril de 2022 às 16:00

Movimento aumenta no Mercado do Peixe, nas Rocas – Foto: Rogério Vital/NOVO Notícias

Presentes, peixes, ovos de chocolate… a Páscoa de 2022 promete ser bem diferente da de 2020 e 2021 em Natal e em Mossoró. Isso porque a intenção de compras para o período da Semana Santa, que vai de 15 a 17 de abril, aumentou este ano.

Entre os consumidores natalenses, 53,5% pretendem gastar neste período. Em 2021, o índice era de 39,2%. Em Mossoró, 48,4% dos consumidores disseram que vão presentear na data este ano; e em 2021, o percentual foi de 43%. Nas duas cidades, o número em 2019 foi superior, alcançando 59% e 58,4%, respectivamente.

A maior justificativa dos que afirmam não ter intenção de presentear é a falta de dinheiro – 43,4% em Natal e 47,9% em Mossoró.

Na capital potiguar, os consumidores pretendem gastar, em média, R$ 97,66 – o valor representa um aumento de 6% com relação ao ano passado, que foi R$ 92,15. Já os consumidores mossoroenses pretendem gastar uma média de R$ 87,65 – valor 2% menor do que o registrado no ano passado (R$ 89,40).

Os dados são da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado do Rio Grande do Norte (Fecomércio RN). De acordo com o presidente Marcelo Queiroz, o varejo vem se preparando para uma Páscoa mais animada desde o Carnaval.

“Os números mostrados pela nossa pesquisa empolgam o varejo potiguar, após dois anos complicados de vendas no período da Páscoa. Ainda não chegamos aos índices de 2019, mas sabemos que o caminho de retomada não seria numa crescente rápida e estamos trabalhando para isso”, comentou.

Peixe volta a ser atrativo ao consumidor

O mercado de peixes e crustáceos é um dos mais impactados pela Semana Santa, pois comer os pescados faz parte da tradição e da devoção cristã. Em Natal, 76,1% dos consumidores têm pretensões de comprar o produto para a data; o percentual é 9,5 pontos maior que o do ano passado, quando 66,6% colocaram os frutos do mar entre os itens a serem consumidos. O gasto médio será de R$ 73,02.

Já em Mossoró, 75% da população têm intenção de consumir peixes e crustáceos durante este período, gastando em média R$ 69,66.

Essa retomada do crescimento dos números tem animado os comerciantes. Rafael Ferreira tem um box no Mercado do Peixe, em Natal, há 9 anos. De acordo com ele, o período da pandemia foi o mais difícil. Agora, as coisas estão melhorando.

“Nos dois últimos anos foi bem difícil. Deu uma baixa grande. Quem comprava quatro peixes, passou a comprar um. Mas esse ano, a procura aumentou uns 40% nesse período. O consumidor que comprava um peixe, tá levando dois agora”, relatou.

A empreendedora Kilza Medeiros contou que em 2021 preferiu comprar camarão para a Semana Santa. “No ano passado o camarão estava mais barato que o peixe, porque, por causa do lockdown, não tinha muito restaurante fazendo compras nos viveiros. Aí eles tinham que vender e colocaram o preço bem mais barato. Aí valia muito mais a pena”, explicou.

De acordo com a pesquisa da Fecomércio, 72,8% dos natalenses e 60,5% dos mossorenses estão fazendo pesquisas de preço antes de fazer as compras.

Em Natal, 76% dos consumidores pretendem comprar peixe – Foto: Rogério Vital/NOVO Notícias

Ovos de chocolate na liderança

E quando o assunto é Páscoa, é impossível não falar de chocolate. Tanto em Natal quanto em Mossoró, o produto será a principal escolha de presente para mais de 95% dos consumidores, que pretendem presentear filhos, companheiros, sobrinhos e demais familiares.

Kilza contou que nunca abriu mão de presentear familiares com ovos de chocolate. No entanto, ultimamente tem sido inviável comprar para todos. “A gente nunca deixou de dar ovos pros nossos filhos, pra minha mãe, minha sogra… Mas pros sobrinhos a gente não dá mais, porque são muitos e o preço está inviável. Então eu e minhas irmãs chegamos em um acordo de não dar mais para os sobrinhos”, finalizou a consumidora.

 

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