O levantamento da Nexus nas redes sociais mostra que, entre os posts que somam quase 95% do engajamento, 28% apoiam a atuação da Polícia Federal, 9% são contra e 63% são neutros
Publicado 25 de novembro de 2024 às 17:00
O indiciamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) pela Polícia Federal por tentativa de golpe de Estado em investigação nas Operações Tempus Veritatis e Contragolpe é aprovado por três a cada quatro postagens opinativas nas redes sociais.
Levantamento do instituto de pesquisa Nexus com a análise de 3,8 publicações no Instagram, Facebook e X (antigo Twitter), entre quinta-feira (21) e sexta-feira (22) mostra ainda que 28% de todos as postagens, entre noticiosas e opinativas, foram favoráveis ao indiciamento.
Na quinta-feira, a PF divulgou o relatório final das investigações e atribuiu ao ex-chefe do Executivo, militares de alta patente e aliados os crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa.
Somadas, as penas máximas previstas para esses delitos chegam a 28 anos de prisão.
O levantamento da Nexus nas redes sociais mostra que, entre os posts que somam quase 95% do engajamento, 28% apoiam a atuação da Polícia Federal, 9% são contra e 63% são neutros. Entre os posts que expressam algum posicionamento, três a cada quatro (75%) são favoráveis ao indiciamento de Bolsonaro. Outros 25% são contrários.
Foram analisadas publicações no X, Facebook e Instagram, entre 00h do dia 21 e 10h do dia 22 de novembro. As postagens do X indicam o maior porcentual de aprovação do indiciamento de Bolsonaro, com 46% a favor, seguido por 37% neutros e 18% contrários.
Já no Instagram prevaleceu a neutralidade (82%), seguida por 17% a favor e apenas 2% contra. O cenário é semelhante ao encontrado pelo instituto nas publicações no Facebook: 70% das publicações neutras, 21% favoráveis ao indiciamento e 9% contrárias.
O estudo avaliou o teor das 120 publicações que mais engajaram em cada uma das três redes sociais analisadas. Foram 360 publicações que representam quase 95% de todo o engajamento (reações, comentários e compartilhamentos) registrado no ambiente digital no período.
O pico de publicações e reações sobre o tema ocorreu entre 15h30 e 16h, pouco tempo após a informação ser divulgada pela Polícia Federal, por volta das 15h.
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