Cotidiano

IBGE divulgará dados da produção industrial do Rio Grande do Norte

Pesquisa vai trazer indicadores de curto prazo relativos ao comportamento da produção industrial no Brasil e regionalmente

por: NOVO Notícias

Publicado 4 de abril de 2023 às 14:09

A experiência do IBGE na elaboração de índices mensais de produção física já conta com uma história de mais de 50 anos, mas esta é a primeira vez que o estado do Rio Grande do Norte terá seus resultados divulgados isoladamente. Reformulações e aprimoramentos são comuns nos trabalhos de investigação do IBGE, resultando, ao longo dos anos, na ampliação da representatividade geográfica regional de várias pesquisas.

A PIM-PF é mensal e realiza o levantamento da quantidade produzida de produtos industriais selecionados, com a divulgação de índices para os níveis nacional (PIM-PF Brasil) e regional (PIM-PF Regional). Esses produtos são definidos de acordo com a representatividade da atividade industrial no “valor da transformação industrial” (VTI) – pelo menos 80% em cada localidade geográfica, considerando-se, em seguida, aqueles responsáveis por cerca de 80% do Valor Bruto da Produção Industrial em cada uma dessas atividades fixadas.

Até o momento, a produção de índices regionais levava em conta as Unidades da Federação que respondiam por pelo menos 1% do valor da transformação industrial (VTI): Amazonas, Pará, Ceará, Pernambuco, Bahia, Minas Gerais, Espírito Santo, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Mato Grosso e Goiás.

Agora, o critério de inclusão passará a inserir os estados com VTI de 0,5%, os casos do Rio Grande do Norte, Maranhão e Mato Grosso do Sul. O coordenador de Pesquisas Conjunturais em Empresas do IBGE, Flávio Magheli, explica que o motivo para essa mudança foram as solicitações das secretarias estaduais. “Avaliamos que seria conveniente reduzir esse valor para 0,5% no VTI e por isso, esses três estados foram incluídos para ter indicador industrial local”, ressalta Magheli.

Após uma recente atualização, visando manter a modernidade e as necessidades atuais das pesquisas, a amostra nacional da PIM-PF passou a contar com 8.596 empresas e 12.500 unidades locais, enquanto a quantidade de produtos pesquisados é de 1.042 itens. Desse total, a amostra conta com 58 empresas do Rio Grande do Norte, que exercem principalmente as atividades industriais de fabricação de produtos derivados de petróleo e biocombustíveis, confecção de artigos de vestuário e acessórios e fabricação de produtos alimentícios, atividades que foram selecionadas em função da relevância regional.

Relevância econômica

Os indicadores de produção física industrial são uma das estatísticas do IBGE mais consultadas, o que dá pistas sobre a importância da divulgação de informação desse teor. Fornecem informações a curto prazo, com o objetivo de acompanhar, de forma ágil, o comportamento da situação econômica do Brasil e de suas Unidades da Federação.

Flávio Queiroz, Supervisor de Pesquisas de Empresas do IBGE no Rio Grande do Norte explica que essas estatísticas são ferramentas importantes para uma variedade de usos: são utilizadas na composição do Sistema de Contas Nacionais do Brasil, sendo usadas como insumos no cálculo do PIB-Trimestral, para previsão de tendências futuras e para o planejamento das próprias empresas, associações setoriais privadas, bancos e demais empresas financeiras.

Além disso, são utilizadas também pelas universidades para fins de pesquisa, ensino, treinamento e, por fim, pelo governo na avaliação e análise de desempenho econômico conjuntural e planejamento.

“A adoção correta de medidas de política setorial e de estratégias empresariais adequadas depende da disponibilidade de estatística oficiais confiáveis e, para isso contamos com a imprescindível colaboração e reponsabilidade social das empresas, respondendo com a necessária agilidade e exatidão aos questionários das pesquisas mensais”, destaca Queiroz.

Mais sobre a Pesquisa

A PIM-PF é um tipo de pesquisa de empresas cuja população-alvo são as unidades locais das empresas formalmente constituídas (ou seja, inscritas no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica – CNPJ, do Ministério da Fazenda) com pelo menos um empregado, compreendidas nas seções B e C (Indústrias extrativas e Indústrias de transformação, respectivamente) da Classificação Nacional de Atividades Econômicas – CNAE 2.0, sediadas no Território Nacional.

A base de dados utilizada é fornecida pela Pesquisa Industrial Anual (PIA-Empresa), também realizada pelo IBGE, e que investiga informações sobre as características estruturais básicas do segmento empresarial da atividade industrial no País.

Um conjunto de produtos é escolhido por critérios técnicos de relevância formando o que se denomina Lista de Produtos Selecionados (LPS), instrumento básico de levantamento das informações.

Escolhem-se, também pelo critério de importância, as unidades locais que os produzem. O critério mais geral adotado foi o de incluir as unidades locais que, juntas, respondem por, pelo menos, 70% da produção naquele local.

Os resultados isolados para o Rio Grande do Norte estão previstos para serem divulgados no próximo dia 06/04 (quinta-feira). Neles será possível verificar informações sobre indústrias extrativas e de transformação. Os indicadores são número-índice e taxas de variação mês contra mês imediatamente anterior; mês contra mesmo mês do ano anterior; acumulado do ano, e acumulado dos últimos 12 meses.

 

 

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