Muitos fumantes não sabem, mas existe um teste científico para ajudar no combate ao tabagismo. Trata-se do teste de Fargeström, um questionário que permite avaliar qual é o nível de dependência da nicotina e, a partir daí, sugerir terapias que podem ajudar o fumante a enfrentar o processo para parar de fumar. O teste é usado em equipes que trabalham com tabagistas no Hospital Universitário Onofre Lopes (Huol-UFRN), administrado pela Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh).
A pneumologista e coordenadora do Grupo de Tabagismo do Huol, Suzianne Ruth Hosanah Lima, explica que além de estar associado às doenças crônicas não transmissíveis, o tabagismo também contribui para o desenvolvimento de outras enfermidades, tais como tuberculose, infecções respiratórias, úlcera gastrintestinal, impotência sexual, infertilidade em mulheres e homens, osteoporose, catarata, entre outras. “Aumenta importantíssimo da incidência de doenças respiratórias, como Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC) cardiovasculares, 12 tipos de câncer, são relacionados ao tabagismo”, destaca.
A dependência do tabagismo é causada pela nicotina presente nos cigarros. “A nicotina é uma substância que além de causar outros males, também é quem causa a dependência química, porque ela é uma substância que chega rapidamente ao cérebro e que faz com que substâncias que liberam sensações de prazer no paciente, elas tenham um nível muito alto rapidamente”, explica Suzianne.
Equipe associa terapia comportamental com o uso de medicamentos
O Grupo de Enfrentamento ao Tabagismo do Huol foi criado a partir da necessidade de assistir os pacientes de diversas especialidades que necessitam de apoio no combate ao tabagismo, segundo explicou o enfermeiro Marcelo Cid Holanda, coordenador do grupo.
“Usamos a metodologia da terapia cognitivo comportamental (TCC), basicamente uma mudança no foco do padrão de comportamento, oferecendo novas formas de lidar com situações gatilhos, desenvolvendo, assim, estratégias para o tratamento compartilhado em grupo e com os medicamentos preconizados pelo Ministério da Saúde”, disse Marcelo Holanda, explicando que o teste de Fargeström é aplicado nos primeiros encontros e reaplicado quando necessário. “É um parâmetro auxiliar importante no melhor direcionamento e conduta de tratamento”, disse.
“Sempre destacamos que o tabagismo é uma doença conforme a Organização Mundial da Saúde (OMS) e causa dependência física, psicológica e comportamental semelhante ao que ocorre com o uso de outras drogas como álcool, cocaína e heroína. E é a dependência mais difícil de cessar. É uma doença e existe tratamento disponível assim como qualquer outra dependência”, acrescentou.
Ele afirma que há inúmeros casos de tratamentos de pacientes que usaram a (TCC) aliada a medicamentos, com Bupropiona, adesivos de nicotinas e/ou gomas de mascar fornecidas gratuitamente pelo Ministério da Saúde.
Segundo Marcelo Holanda, há pacientes que resgataram o uso de instrumentos musicais ou passaram a frequentar museus e outros locais onde é proibido fumar, passaram a praticar atividades físicas, por exemplo. “São pacientes que mudaram seus hábitos cotidianos e descobriram prazeres saudáveis. Todos esses exemplos são estratégias que além da medicação, mudaram os hábitos de vida. Por isso a importância do grupo, pois, somente a medicação dificilmente possibilitaria sucesso no tratamento”, disse.
O teste está disponível em: https://www.gov.br/inca/pt-br/assuntos/gestor-e-profissional-de-saude/programa-nacional-de-controle-do-tabagismo/teste-de-fargestrom
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