Doença de Parkinson entra em pauta no Huol - Foto: Divulgação
No dia 11 de abril, celebra-se o Dia da Conscientização da Doença de Parkinson. Para alertar a sociedade sobre o tema e mostrar inovações no tratamento da doença, o Hospital Universitário Onofre Lopes (Huol-UFRN), da Rede Ebserh, realizará nesta sexta-feira (11) uma aula do Projeto Huol com Ciência falando sobre a contribuição da cirurgia neuromodulatória para melhora na qualidade de vida da pessoa com doença de Parkinson e outros distúrbios do movimento.
A aula, aberta ao público, acontece a partir das 11h no auditório Mariano Coelho, e será ministrada pelo neurocirurgião do Huol e membro titular da Sociedade Brasileira de Neurocirurgia, Sergio Adrian Fernandes Dantas. “A técnica que iremos falar no dia 11 de abril consiste no implante de um pequeno eletrodo, um chip no cérebro do paciente, e esse eletrodo é conectado a um neuroestimulador, que é tipo um marca-passo, que quando ligado e programado, vai induzir estimulações elétricas no cérebro, na região que está afetada, de forma a regular os sinais elétricos e, com isso, atenuar os sinais motores da doença de Parkinson”, explica o neurocirurgião.
No estado do Rio Grande do Norte, a população conta com atendimento gratuito e especializado no Huol-UFRN através de um ambulatório de neurologia e neurocirurgia dedicado ao tratamento de Parkinson às quintas-feiras pela manhã.
De acordo com Sérgio Dantas, a implantação de marca-passos cerebrais também pode tratar outros distúrbios do movimento, “essa técnica, apesar de ser muito bem conhecida na doença de Parkinson, ela pode ser aplicada também para outros distúrbios de movimento, como, por exemplo, o tremor essencial e distonias”, explica. Ele ainda esclarece que o marca-passo cerebral é indicado aos pacientes que já não respondem mais ao tratamento medicamentoso e que apresentam prejuízos na sua qualidade de vida, a exemplo de pessoas que não conseguem mais exercer sua profissão, não conseguem se alimentar, se vestir e têm dificuldade de locomoção.
Saiba mais sobre a doença
A Doença de Parkinson (DP) é a segunda doença neurodegenerativa mais comum, ficando atrás apenas do Alzheimer. De acordo com os especialistas, ela tem uma prevalência que varia conforme a faixa etária e a região, mas, em geral, afeta cerca de 1 a 2% da população acima de 60 anos e até 4% dos idosos com mais de 80 anos.
Parkinson é uma doença progressiva e afeta a qualidade de vida de diferentes formas, podendo ter um prejuízo motor, que afeta a mobilidade e a independência funcional, impactando o manuseio de instrumentos e o autocuidado; o não motor que pode causar dor, constipação intestinal e sintomas psiquiátricos como depressão e ansiedade; e o social por conta do tremor, lentidão e alteração de equilíbrio.
A causa do Parkinson ainda é uma questão em aberto para a ciência. Os médicos destacam que em torno de 95% dos casos, a doença surge de maneira desconhecida na população. O desenvolvimento dos sintomas está relacionado à diminuição da dopamina, neurotransmissor responsável pelo controle dos movimentos. Ela não tem cura e a principal medicação para tratar os sintomas motores está disponível no Brasil desde a década de 1970. A medicação mais usada utiliza o princípio ativo da levodopa associada a um inibidor da enzima dopa-descarboxilase.
Entre os principais desafios no tratamento do Parkinson, estão a ausência de terapia modificadora da doença; a variabilidade individual na resposta ao tratamento e seus efeitos colaterais; a necessidade de tratamento multidisciplinar; a presença de sintomas não motores que não respondem ao tratamento convencional com levodopa; e a dificuldade de acesso a terapias avançadas.
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