Há 10 anos, seguindo o exemplo de outras capitais, Natal teve um protesto de rua que durou horas e reuniu milhares de pessoas, que andaram das imediações do Natal Shopping até o Midway protestando contra o aumento de passagens e uma série de outros problemas.
Publicado 20 de junho de 2023 às 17:28
No dia 20 de junho de 2013, a exemplo de outras capitais e cidades brasileiras, milhares de pessoas promoveram o maior protesto da história de Natal. O tema principal era a questão do transporte, o aumento das passagens, capitaneado pelo movimento “Revolta do Busão”, mas o ato foi uma miríade de reclamações.
O maior protesto da história de Natal reuniu, naquele junho, pessoas que estavam insatisfeitas com o governo Dilma Rousseff, com a corrupção, com a realização da Copa do Mundo (que aconteceu um ano após), com a falta de educação, com as condições de saúde; e também as que queriam defender algo na rua, como a causa LGBTQIA+ e os direitos dos povos originários.
O protesto foi na sua maior parte pacífico. Mas houve episódios de vandalismo, como no shopping Midway, onde quebraram os vidros da entrada que fica na avenida Nevaldo Rocha (na época, Bernardo Vieira). Também houve a destruição do carro de uma emissora local.
Outra característica do maior protesto da história de Natal foi que, a exemplo de outros locais do país, a participação dos políticos foi tímida. Os protestos daquela época se queriam “apartidários”. O passar dos anos mostrou que isso não permaneceu dessa forma.
Após a concentração no cruzamento das avenidas Nevaldo Rocha com Salgado Filho, muitas pessoas retornaram andando para o Centro Administrativo, onde houve uma concentração, com direito a fogueira em frente à sede do Poder Executivo.
Por volta das 21h, os manifestantes se dispersaram em definitivo após a tropa de choque da Polícia Militar entrar em ação com bombas de efeito moral, já na BR-101, por trás do Centro Administrativo. Na época, o prefeito da cidade era Carlos Eduardo Alves e — após a pressão popular — ele anunciou a redução da passagem de ônibus para o domingo após o protesto. Naquela época a tarifa era R$ 2,20.
Dez anos após, sem protesto algum, as linhas foram reduzidas após a pandemia. A passagem custa R$ 4,00 para pagamento em espécie e R$ 3,90 para pagamento no bilhete eletrônico. O serviço prestado é alvo de constantes reclamações.
Abaixo você pode conferir uma série de fotografias do o maior protesto da história de Natal e um vídeo de três minutos com imagens inéditas daquele 20 de junho.
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