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Governo Federal bloqueia R$147 milhões em recursos para institutos e universidades

UFRN divulgou corte de mais R$ 8,8 milhões no orçamento; instituição já havia perdido cerca de R$ 24 milhões do previsto para 2022 em outros cortes feitos ao longo deste ano

por: NOVO Notícias

Publicado 6 de outubro de 2022 às 07:49

Estudantes – Foto: UFRN

Nesta quarta-feira (5) o Governo Federal fez, através do Ministério da Educação (MEC), mais um corte orçamentário, dessa vez de R$ 147 milhões, na educação. A esse valor, soma-se o corte já feito em junho deste ano, totalizando um mais de R$ 300 milhões tirados de universidades e institutos federais de todo o país.

A Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) comunicou que, após o novo bloqueio de recursos, a instituição sofrerá um contingenciamento de R$ 8,8 milhões dos recursos federais. Em outros cortes feitos ao longo do ano, a UFRN já havia perdido cerca de R$ 24 milhões do previsto para 2022.

De acordo com a UFRN, esse novo valor bloqueado é referente ao orçamento de custeio, “recursos que são utilizados para contratos como terceirização e energia elétrica”.

Conif

O Conselho Nacional das Instituições da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica (Conif) emitiu uma nota afirmando que “diante desse contexto financeiro e orçamentário caótico, quem perde é o estudante, que será impactado na continuidade de seus estudos, pois os recursos da assistência estudantil são fundamentais para a sua permanência na instituição. Transporte, alimentação, internet, chip de celular, bolsas de estudo, dentre outros tantos elementos essenciais para o aluno não poderão mais ser custeados pelos Institutos Federais, pelos Cefets e Colégio Pedro II, diante do ocorrido”.

O Conif também pontuou que serviços essenciais de limpeza e segurança serão descontinuados, “comprometendo ainda as atividades laboratoriais e de campo, culminando no desemprego e na precarização dos projetos educacionais, em um momento de tentativa de aquecimento econômico e retomada das atividades educacionais presenciais no pós-pandemia”.

O Conselho ainda caracterizou o cenário do último trimestre do ano como “incerto e alarmante”, e pediu com urgência a recomposição orçamentária. “Nesse momento o Conif reitera que é necessária e urgente a recomposição orçamentária, sob pena da Rede Federal ter seu funcionamento comprometido”, finalizou.

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