Em entrevista coletiva na sede da Escola de Governo, a chefe do Executivo estadual relembrou momentos de sua trajetória política, a situação em que recebeu o Estado da gestão anterior, as metas e desafios, alguns deles já alcançados, as ações de combate à pandemia da Covid-19
Publicado 27 de setembro de 2021 às 15:30
A governadora Fátima Bezerra concedeu entrevista coletiva, na manhã dessa segunda-feira (27), reunindo a imprensa potiguar para uma breve análise de seus mil dias de gestão à frente do governo do Rio Grande do Norte. Ela relembrou momentos de sua trajetória política, a situação em que recebeu o Estado da gestão anterior, as metas e desafios, alguns deles já alcançados, as ações de combate à pandemia da Covid-19, destacando também o fato de ser a “primeira governadora de origem popular do RN.”
Fátima Bezerra foi empossada governadora no dia 1º de janeiro de 2019, tendo como desafio equacionar as contas do Estado, em meio a uma situação financeira bastante complicada, com salários de servidores atrasados, pagamentos de fornecedores não realizados e violência crescente, além de uma série de outros problemas administrativos deixados como uma espécie de herança nefasta.
Para tanto, ela diz ter montado um secretariado com perfil estritamente técnico, formado em sua grande maioria por servidores de carreira. “Com uma equipe de secretárias e secretários formada 99% por servidores públicos, nós já dávamos a senha de qual seria a nossa prioridade: tirar o serviço público da falência que vivia. Afinal, como atender bem ao povo, se o estado se sustentava devendo para quem presta e para quem fornece para o serviço público?” disse Fátima Bezerra em sua fala.
Ela fez questão de ressaltar o fato de ter recebido o Estado com quatro folhas de pagamento atrasadas, deixadas pelo ex-governador Robinson Faria; e que, dessas, três já foram quitadas. “Nos empenhamos em resgatar um direito básico dos nossos servidores e servidoras que era trabalhar e receber pelo seu trabalho.”
A modernização na política de incentivos fiscais também foi destaque na fala da governadora, citando o Programa de Estímulo ao Desenvolvimento Industrial do Rio Grande do Norte (Proedi) como um o resgate do RN para um ciclo de desenvolvimento, crescimento econômico e geração de empregos.
“Hoje, não são poucos os depoimentos de empresários que afirmam que o Proedi foi fundamental para sua permanência ou instalação em nosso Estado. Cessamos com a migração das empresas que encontravam nos estados vizinhos condições mais favoráveis ao desenvolvimento de suas atividades”, analisou a governadora, citando ainda que o Rio Grande do Norte passou a ser mais atrativo, competitivo e produtivo a partir das mudanças.
Como não poderia deixar de ser, a pandemia também ocupou lugar de destaque no discurso da governadora, que destacou as medidas adotadas para conter o avanço do novo coronavírus e o frear os casos de morte no Estado. Disse ter sido preciso adotar medidas impopulares para combater a doença, mas que nunca se eximiu de cumprir seu papel à frente do cargo que ocupa, tudo na tentativa de mitigar os efeitos econômicos e sociais da pandemia.
Sobre a rede assistencial, Fátima Bezerra diz ter optado, junto com sua equipe, por investir na rede própria de leitos SUS e de forma descentralizada, garantindo assistência a todas as regiões do estado. Foram 856 leitos hospitalares abertos em todo o Rio Grande do Norte, o equivalente a oito hospitais de campanha. “Temos hoje uma rede de leitos que o RN jamais teve em sua história, legado que estamos deixando para a maioria da população que precisa do SUS. Foram mais de 14 mil vidas salvas e mais de 4.600 profissionais de saúde contratados. Nunca seremos suficientemente gratos a esses trabalhadores do SUS.”
Em sua prestação de contas, feita diante à imprensa momentos antes de embarcar para a transferência provisória da sede do Governo para Mossoró, Fátima Bezerra ainda destacou os investimentos em segurança pública, educação, agricultura familiar, abastecimento de água, recuperação de estradas estaduais, turismo, cultura, criação de vagas de trabalho e na geração de energia limpa.
“Aos mil dias de governo, é possível constatar o quanto foi feito para que hoje tenhamos um Rio Grande COM Norte, com rumo, pronto para se desenvolver cada vez mais. Temos muito ainda a fazer, mas não nos falta seriedade, trabalho e disposição. O Rio Grande do Norte está preparado.
Se chegamos até aqui com crise econômica, crise sanitária e uma inegável crise política em plano nacional, muito mais podemos e vamos fazer agora que recuperamos a capacidade de investimento do Estado. São 1.000 dias de muito trabalho, cuidado e respeito com o povo potiguar!”, disse, finalizando seu discurso.
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