O deputado General Girão (PL-RN) registrou um boletim de ocorrência contra o Ministro da Justiça, Flávio Dino, alegando ter sido agredido por ele no Aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro, em 14 de setembro.
O caso foi relatado por Girão na tarde desta terça-feira (18) na Câmara dos Deputados, durante a reunião da Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado. Ele afirmou que foi chamado de “moleque” por Dino. O parlamentar também criticou o Supremo Tribunal Federal (STF) que, em sua opinião, está defendendo o Ministro da Justiça.
O deputado explicou que o episódio aconteceu quando ele fez um gesto com a cabeça, em desaprovação, na direção do ministro da Justiça. Ainda de acordo com o deputado, Dino, acompanhado de seguranças, se aproximou e tocou em seu peito. Girão respondeu levantando dois dedos e dizendo que Dino não estava autorizado a tocá-lo.
O deputado relatou que imediatamente fez um boletim de ocorrência e pediu as imagens do Aeroporto Santos Dumont para comprovar os acontecimentos. No entanto, lamentou o fato de não existirem as imagens do que acontecer no saguão do aeroporto.
“Os ministros Supremo [Tribunal Federal] que estão defendendo esse tipo de bandido [Flávio Dino] são tão bandidos quanto. Agora, esse cara se acha no direito de bater no peito de um deputado federal e mandar esse se cuidar”, atacou Girão.
Girão também criticou os deputados que apoiam o governo e defendeu o Ministro da Justiça, desafiando-os a apresentarem uma defesa do Ministro. Ele mencionou a sensação de impotência que sente e expressou a vontade de renunciar ao cargo de deputado federal.
O caso da suposta agressão será apurada pela 20ª Delegacia de Polícia do Rio de Janeiro, no bairro de Vila Isabel.
Em nota, o Ministério da Justiça negou a acusação feita pelo deputado General Girão. “O ministro Flávio Dino nega agressões físicas. Pelo contrário, diante de xingamentos proferidos pelo citado senhor, que o Ministro não conhecia, a reação foi aproximar-se e pedir para o agressor deixar de ser mal-educado e grosseiro. Há várias testemunhas”, aponta o comunicado.
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