O assunto sobre o câncer de ovário, merece toda atenção. Na semana do Dia Mundial do Câncer de Ovário, 8 de maio, a ginecologista da Maternidade-Escola Januário Cicco (MEJC-UFRN), vinculada à Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), Maria da Guia de Medeiros Garcia, alerta sobre os sintomas e a importância do diagnóstico precoce da doença. O câncer de ovário é conhecido por ser uma das formas mais letais de câncer ginecológico, atrás apenas do câncer do colo do útero, de acordo com o Instituto Nacional do Câncer (Inca).
A Rede Ebserh, por meio de seus 41 Hospitais Universitários Federais (HUFs), é sua parceira nessa luta e ressalta a importância de buscar atendimento para o diagnóstico e tratamento adequados do câncer de ovário. Como muitas mulheres têm dúvidas e preocupações sobre o assunto, a especialista compartilha informações relevantes sobre o tema.
Alerta para os sintomas e fatores de risco
O câncer de ovário é uma condição que pode afetar mulheres de todas as idades, sendo frequentemente diagnosticado em estágios avançados. “O câncer de ovário é a segunda neoplasia ginecológica mais comum, atrás apenas do câncer do colo do útero e ainda desafia a equipe de saúde no diagnóstico precoce. Em 95% dos casos de câncer de ovário se originam das células epiteliais que cobrem o ovário e o restante 10% das células germinativas que formam os óvulos e sustentem o ovário”, explica a ginecologista da MEJC, Maria da Guia de Medeiros Garcia.
Quanto aos sintomas da doença, a médica explica que “na fase inicial, o câncer de ovário não causa sintomas específicos. À medida que o tumor cresce, pode causar dor no baixo ventre, dor a defecação, sensação de plenitude abdominal, fadiga, perda de peso, falta de apetite e aumento do volume abdominal”.
O diagnóstico acontece por meio da história clínica da paciente e exame físico, a exemplo de ultrassom transvaginal, tomografia, ressonância magnética e marcadores tumorais.
Estudos e importância de hábitos saudáveis na prevenção
De acordo com Maria da Guia, são realizados diferentes estudos para combater o câncer de ovário, “muitos estudos clínicos estão em busca de novas alternativas de fármacos que possam agir especificamente no câncer do ovário. O conhecimento imunológico do mecanismo de PARP (com atuação semelhante a uma quimioterapia ora), os inibidores PARP (poli – adenosina difosfato-ribose – polimerase) têm a capacidade de reparar o DNA danificado dentro das células e tem mostrado resultados promissores”.
“Como alerta, precisamos difundir cada vez mais nas comunidades, nas unidades básicas de saúde, nos programas de Saúde da Família, os cuidados para uma vida mais saudável, no que diz respeito a alimentação, saúde física, saúde mental, exercício físico, controle de peso e exames de prevenção. As condições socioeconômicas da população também levam ao surgimento de doenças, muitas vezes de acometimento rápido e fatal”.
A especialista destaca que a literatura mostra que apenas 10% do câncer de ovário está relacionado a fatores genéticos e 90% são de fatores diversos como: obesidade; infertilidade; idade; fatores associados a hiperestrogenismo (menarca precoce e menopausa tardia).
A escolha do plano terapêutico para o câncer de ovário depende do tipo histológico do tumor, do estadiamento (extensão da doença), da idade, das condições clínicas da paciente e se o tumor é inicial ou recorrente
Sobre a Rede Ebserh
A MEJC-UFRN faz parte da Rede Ebserh desde 2013. Vinculada ao Ministério da Educação (MEC), a Ebserh foi criada em 2011 e, atualmente, administra 41 hospitais universitários federais, apoiando e impulsionando suas atividades por meio de uma gestão de excelência. Como hospitais vinculados a universidades federais, essas unidades têm características específicas: atendem pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) ao mesmo tempo que apoiam a formação de profissionais de saúde e o desenvolvimento de pesquisas e inovação.
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