Os gastos do cartão corporativo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) são maiores do que aqueles divulgados anteriormente, de R$ 27 milhões. Segundo informações do Portal da Transparência, este valor chega a R$ 75 milhões desde o início do mandato, em 2019.
O cartão corporativo serve para atender a despesas de pequeno vulto, atender a despesas eventuais, como viagens e serviços especiais, que exijam pronto pagamento, e executar gastos em caráter sigiloso.
A quebra do sigilo de 100 anos trouxe à tona altos gastos pontuais em padarias, em transações que ultrapassam a marca dos R$ 50 mil. A mais alta delas ocorreu em 3 de janeiro do ano passado, quando uma padaria de São Francisco do Sul (SC) recebeu R$ 61.710,67 do cartão corporativo da presidência da República.
De acordo com pesquisa feita pelo site Mercado Mineiro em julho de 2022, o preço médio do quilo de comida em restaurantes de Belo Horizonte era de R$ 52,45. O que permite dizer que, em um dia, Bolsonaro gastou dinheiro suficiente para servir mais de 1,17 tonelada em estabelecimentos da capital mineira.
Agora, conforme o Portal da transparência, o número é ainda maior do que aquele previsto: R$ 75 milhões. As planilhas apontavam R$ 4,9 milhões dos gastos apenas em 2022, mas no portal foram declarados R$ 22,8 milhões no mesmo período.
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