Fuga em Presídio de Mossoró pode estar relacionada com falhas no protocolo de segurança, diz secretário

Coletiva de imprensa com o Secretário nacional de Políticas Penais do Ministério da Justiça, André Garcia – Foto: Carlos Costa

O secretário nacional de Políticas Penais, André Garcia, disse nesta quinta-feira (15), em coletiva de imprensa, que a fuga registrada no Presídio Federal de Mossoró traz indícios de falhas nos protocolos de segurança da unidade. A pasta deve finalizar ainda esta semana a perícia da ocorrência, quando dois presos escaparam do local na madrugada de quarta-feira (14), o primeiro registro do tipo no Sistema Penitenciário Federal.

“Não há chance de acontecer uma fuga se os protocolos de segurança forem observados. É muito provável que os procedimentos de segurança não tenham sido empregados da forma como deveriam ser”, disse Garcia, durante a coletiva que aconteceu em Mossoró.

André Garcia não forneceu informações específicas sobre a fuga ou as ações de recaptura, mas ressaltou que espera a recaptura dos presos “nos próximos dias ou nas próximas horas”. O secretário está em Mossoró para acompanhar as investigações relacionadas com o caso desde a noite da quarta-feira (14).

“Nenhuma das possibilidades estão descartadas. Relaxamento, facilitação, seja lá o que a investigação aponte. Não posso citar nada porque seria leviano de nossa parte. Se forem individualizadas condutas, ninguém vai deixar de agir. Por enquanto, estamos trabalhando para manter a segurança da unidade”, disse ele.

Os fugitivos foram identificados como Rogério da Silva Mendonça, 36, conhecido como Tatu, e Deibson Cabral Nascimento, 34, chamado de Deisinho. Segundo as investigações, eles são ligados ao Comando Vermelho.

A principal suspeita até o momento é de que os dois presos tenham usado materiais de uma obra do pátio da penitenciária como instrumentos na ação, de acordo com pessoas com acesso à investigação.

“Eles são indivíduos que deveriam permanecer segregados. São perigosos, mas não são lideranças que possam impactar em uma Organização Criminosa (Orcrim) ou na criminalidade local. Primeiro, eles não são daqui, e as informações que nós temos, da dinâmica da fuga, apontam que a única preocupação deles é a de se evadir. Estamos trabalhando para que esse trabalho de evasão acabe rapidamente, e que seja retomada a normalidade na Unidade Prisional”, encerrou o secretário.

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