Cotidiano

Fuga no presídio federal de Mossoró só teria sido percebida 2 horas após ter ocorrido

Os dois saíram da penitenciária federal usando o uniforme azul que os presidiários têm de usar. De acordo com vídeo que ainda permanece sob sigilo, os dois conseguiram fugir passando por uma cerca de arame

por: NOVO Notícias

Publicado 14 de fevereiro de 2024 às 17:17

Fuga do presídio federal de Mossoró ocorreu por volta de 3h30. Foto: Google Earth

Fuga do presídio federal de Mossoró ocorreu por volta de 3h30. Foto: Google Earth

A primeira fuga do sistema penitenciário federal, ocorrida em Mossoró nesta quarta-feira (14), só foi percebida por volta das 5h30 da manhã, cerca de duas horas após Deibson Cabral Nascimento e Rogério da Silva Mendonça terem conseguido deixar o presídio.

Os dois saíram da penitenciária federal usando o uniforme azul que os presidiários têm de usar. De acordo com vídeo que ainda permanece sob sigilo, os dois conseguiram fugir passando por uma cerca de arame. As imagens mostram ele atravessando um setor em reforma, equipado com cercamento provisório, por volta das 3h30.

As informações são do portal UOL, em reportagem feita por Fabíola Perez, Herculano Barreto Filho e Josmar Jozino.

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Essa atividade foi observada próxima às áreas destinadas para o banho de sol e à localização das celas, denominadas vivências A e D. A gravação foi detalhada por representantes da Secretaria Nacional de Políticas Penais.

A falta dos detentos foi notada pelos funcionários aproximadamente duas horas após o ocorrido. Antes da fuga, os prisioneiros participaram do jantar normalmente, de acordo com informações obtidas por uma equipe especial investigando o caso. A fuga só foi percebida pelos agentes do presídio federal em Mossoró (RN) durante a verificação de presença antes do desjejum, por volta das 5h30, e a Polícia Militar foi notificada às 8h.

Os presídios federais são monitorados em tempo real a partir de Brasília. Existe um centro de controle que analisa as imagens de segurança obtidas pelas câmeras instaladas nas cinco unidades federais de alta segurança, todas sob gestão federal. Está em curso uma investigação interna para determinar se houve algum tipo de facilitação da fuga.

As celas da unidade prisional no Rio Grande do Norte estão isoladas para exame pericial. Cães de busca foram empregados e conseguiram detectar odores dos pertences deixados pelos foragidos, como lençóis e vestimentas. O governo do estado está empregando aeronaves e reforçando o policiamento nas fronteiras com a Paraíba e o Ceará.

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André Garcia, secretário nacional de Políticas Penais, está a caminho de Mossoró (RN) para acompanhar a situação de perto. A Polícia Federal foi mobilizada pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública, que está tomando todas as providências necessárias para recapturar os fugitivos e investigar as circunstâncias da fuga.

O presídio federal de Mossoró foi inaugurado em julho de 2009, projetado para acomodar 208 detentos em um espaço de 13 mil metros quadrados.

Os prisioneiros que fugiram haviam sido transferidos após participarem de uma rebelião em 2023 e são membros do Comando Vermelho. Deibson Cabral Nascimento, 33 anos, e Rogério da Silva Mendonça, 35 anos, estavam envolvidos em uma insurgência no presídio Antônio Amaro Alves, no Acre, no ano anterior.

Os fugitivos são conhecidos por executar homicídios sob ordens do Comando Vermelho no Acre. Deibson, apelidado de Tatu, estava cumprindo uma sentença de 33 anos por roubo à mão armada e também enfrentava acusações por tráfico de drogas.

Rogério, que tem uma suástica tatuada na mão e uma condenação de cinco anos por tráfico, é também conhecido como Martelo e responde a processos por homicídio qualificado, roubo e violência doméstica.

 

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