Flávio não integra a CPI, mas compareceu para defender o governo e criticar a escolha de Renan Calheiros (MDB-AL) para a relatoria.
Crítico da composição do grupo, o filho de Jair Bolsonaro disse que as mulheres não se indignaram com a formação masculina. “Em primeiro lugar, acho que as mulheres já foram mais respeitadas e mais indignadas. Estão fora da CPI, não fazem questão de estar nela e se conformam em acompanhar o trabalho a distancia”, afirmou.
Em seguida, Eliziane saiu em defesa das parlamentares. Disse que a indignação não se manifesta apenas “chutando a porta” e que ela mesma, apesar de não ser integrante formal, estará presente em todas as reuniões. Para a senadora, a insinuação do filho de Bolsonaro foi “machista”.
“Além de participar das demais ações, vamos participar também dessa CPI. Quero dizer que eu, Eliziane Gama, e nenhuma dessas senadoras vai admitir ironia machista em relação às mulheres. Estamos aqui, vamos participar ativamente e teremos nosso protagonismo”, afirmou a senadora.
Eliziane disse, ainda, que as mulheres vêm manifestando indignação inclusive quanto à ineficiência do governo federal no combate à pandemia. “Chegar empurrando a porta, batendo o pé na porta, não é a única forma de se indignar. As mulheres têm, aliás, com muita eficiência, se indignando, inclusive agora, em relação a essa inação do governo federal em relação à pandemia”, destacou.
Dos 18 titulares e suplentes, não há nenhuma mulher. No dia 16, quando os nomes foram escolhidos pelos partidos, a líder da bancada feminina do Congresso, senadora Simone Tebet (MDB-MS), minimizou o fato de a CPI ser formada apenas por homens.
Ela citou que três senadoras são líderes dos blocos que indicaram os membros e, portanto, foram responsáveis pelas indicações. “Infelizmente, foi uma coincidência de indicações. A bancada feminina não tem direito à participação de blocos de CPI”, disse Tebet na ocasião.
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