Cotidiano

Filme potiguar concorre à Palma de Ouro em Cannes

“Sideral”, curta-metragem de Carlos Segundo está na Competição Oficial e fará estreia no 74ºFestival de Cannes

por: NOVO Notícias

Publicado 16 de junho de 2021 às 17:27

“Sideral” foi filmado nas cidades de Natal, Ceará-Mirim e Parnamirim – Foto: Divulgação

Filmado nas cidades de Natal, Ceará-Mirim e Parnamirim, “Sideral” é o novo trabalho do diretor Carlos Segundo em parceria com a Casa da Praia Filmes. Esta é a primeira vez que um filme potiguar concorre à Palma de Ouro no Festival de Cannes, integrando a Seleção Oficial de Curtas-Metragens da edição de 2021, sendo ainda um dos dois representantes brasileiros na competição oficial do mais importante festival de cinema do mundo.

“Sideral” é uma ficção que se desenvolve no futuro, em torno do histórico dia do lançamento do primeiro foguete tripulado brasileiro na base aérea de Natal e como isso afeta a vida de Marcela, Marcos e seus dois filhos. Sobre a obra, Carlos Segundo, professor titular no curso de Audiovisual da UFRN, comenta: “Sideral é um filme que passeia de forma sutil por diferentes temas, podendo ainda ser considerada uma obra tragicômica. O filme transita entre os campos poético e realista, conseguindo com isso convergir elementos técnicos e estéticos de uma forma muito singular. É uma obra que só poderia ter sido realizada aqui no Rio Grande do Norte”.

Com produção brasileira de Mariana Hardi e Pedro Fiuza, através da Casa da Praia Filmes, “Sideral” foi parcialmente financiado pela Lei Aldir Blanc do estado do Rio Grande do Norte. É um filme genuinamente natalense com equipe e elenco de profissionais potiguares, estrelado por Priscilla Vilela e Enio Cavalcante. Para Hardi: “É um orgulho imenso sermos selecionados no mais importante festival de cinema do mundo, produzindo com recursos locais, além de equipe técnica e artística formada por pessoas que já trabalham no mercado do audiovisual potiguar e que têm construído suas carreiras aqui. É um atestado do nosso potencial, capacidade e sustentabilidade”.

Com produção brasileira de Mariana Hardi e Pedro Fiuza, através da Casa da Praia Filmes, “Sideral” foi parcialmente financiado pela Lei Aldir Blanc do estado do Rio Grande do Norte

Para Pedro Fiuza a indicação do filme à Palma de Ouro também é um marco histórico e uma chance de refletirmos sobre investimentos em arte e cultura: “Em meio à uma pandemia enfrente à várias crises foi possível realizar o filme, evidenciando a importância da Lei Aldir Blanc e do investimento em cultura no país. Isso nos mostra que o Rio Grande do Norte e o Brasil têm toda a qualidade profissional e artística e que, se reconhecidos por políticas públicas e pela sociedade, também serão reconhecidos internacionalmente. Estamos fazendo história com essa seleção inédita para o RN, mas nossa obra não tem fronteiras artísticas e por isso podemos dizer que também somos o Brasil todo em Cannes.” “Sideral” é uma co produção internacional entre as empresas brasileiras Casa da Praia Filmes, O Sopro do Tempo e a francesa Les Valseurs, repetindo a parceria do longa “Fendas”, também dirigido por Segundo e lançado em 2019 no FID Marseille (o longa-metragem tem previsão de estreia comercial na França no final de julho de 2021).

A estreia comemora ainda os dez anos da Casa da Praia Filmes, produtora fundada e sediada em Natal. O projeto foi realizado com
recursos da Lei Aldir Blanc Rio Grande do Norte, Fundação José Augusto, Governo do Estado do Rio Grande do Norte, Secretaria Especial da Cultura, Ministério do Turismo, GovernoFederal, CNC – Centre National du Cinéma et de l’Image Animée. O Festival de Cannes acontece entre os dias 6 e 17 de julho de 2021, no Palais des Festival, na cidade de Cannes, na França.

INFORMAÇÕES TÉCNICAS
“SIDERAL”
ANO: 2021
GÊNERO: Ficção (drama)
DURAÇÃO: 15 minutos
PAÍS: Brasil, França
DIREÇÃO E ROTEIRO: Carlos Segundo

FICHA TÉCNICA
ELENCO: Priscilla Vilela, Enio Cavalcante, Fernanda Cunha, Matheus
Brito, George Holanda, Matteus Cardoso e Robson Medeiros;
COM VOZES DE: Henrique Fontes e Ednaldo Martins;
DIREÇÃO E ROTEIRO: Carlos Segundo;
PRODUÇÃO: Mariana Hardi, Pedro Fiuza, Damien Megherbi e Justin Pechberty;
PRODUÇÃO EXECUTIVA – BRASIL: Mariana Hardi;
DIREÇÃO DE FOTOGRAFIA: Carlos Segundo e Julio Schwantz;
DIREÇÃO DE ARTE: Ana Paola Ottoni;
FIGURINO: Rosângela Dantas;
MONTAGEM: Carlos Segundo e Jérôme Bréau;
DIREÇÃO DE PRODUÇÃO: Mariana Hardi
1ª ASSISTÊNCIA DE DIREÇÃO: Pedro Fiuza
2ª ASSISTÊNCIA DE DIREÇÃO: Luiza Oest
ASSISTÊNCIA DE PRODUÇÃO: Matteus Cardoso
ASSISTÊNCIA DE FOTOGRAFIA: Julia Donati;
ASSISTÊNCIA DE ARTE: Daniel Torres e Vitória Ventura;
CONTRARREGRAGEM: Daniel Torres;
SOM E MICROFONAÇÃO: Miguel Sampaio;
OPERAÇÃO DE BOOM: Vamberto Junior;
MÚSICA ORIGINAL: Jérôme Rossi;
DESENHO DE SOM: Antoine Bertucci;
EFEITOS SONOROS: Didier Falk;
MIXAGEM DE SOM: Vincent Arnardi;
DESIGN GRÁFICO: Yasmin Knoller Yrondi;
VFX: Jeff Essoki;
COR: Caïque de Souza;
DIREÇÃO DE PÓS-PRODUÇÃO: Frédéric Ouziel;
ASSISTÊNCIA DE MONTAGEM: Cécile Valente, Zina Saïdi e Gwenegann Barreau;

CARLOS SEGUNDO
Doutor em cinema pela Unicamp, Carlos Segundo é atualmente docente do curso de Comunicação Social Audiovisual da UFRN. Diretor, fotógrafo, roteirista e montador, realizou mais de 15 obras – ficção e documentário – que ao todo circularam em mais de 250 festivais nacionais e internacionais. Coordenador e curador de festivais, mostras e oficinas de formação. Sócio diretor da produtora “O sopro do tempo” Principais obras como diretor: Ainda sangro por dentro (fic_25 min_2016); Balança Brasil (doc_25min_2017); Subcutâneo (fic_19min_2018); Fendas (fic_80min_2019); De vez em quando eu ardo (fic_15min_2020); Sideral (fic_15min_2021)

PEDRO FIUZA
Nasceu em Natal, em 1986. Estudou Rádio & TV na UFRN, onde especializou-se em Cinema. É sócio proprietário da Casa da Praia
Filmes, onde desempenha direção, roteiro e produção para ficções, documentários e videoclipes, trabalhando com formatos de curta e
longa-metragens. É produtor de 11 obras lançadas, com destaque para “Fendas” (30º FID Marseille) e “Vai Melhorar” (indicado ao 20º Grande Prêmio do Cinema Brasileiro, 2021). Suas produções circularam 72 festivais em 18 países e lhe renderam 18 prêmios como diretor, produtor e roteirista. Também cria dramaturgia audiovisual no teatro para obras como “A Invenção do Nordeste” (31º
Prêmio Shell de Teatro). Principais obras como produtor: “Dalton/Hebe” (2016, websérie, ficção); “Porcelain” (2017, videoclipe); “Tingo Lingo” (2018, curta, documentário); “Fendas” (2019, longa, ficção); “Vai Melhorar” (2020, curta, ficção); “Autômata” (2020, curta,
experimental); “Transetropical” (2021, curta, documentário/experimental); “Sideral” (2021, curta, ficção).

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