As celebrações de final de ano são um festival de cores e luzes, reencontro entre amigos e parentes queridos, tudo regado a muita música e boa comida. Mas o que pode ser uma época de alegria para uns se transforma em um período difícil para outros, como aqueles que estão no espectro autista.
A psicóloga Liziane Araújo, da Clínica de Atendimento Personalizado em Terapias Avançadas (CLIAP), esclarece que pacientes com autismo têm “maior sensibilidade a sons, luzes e contato físico” e que, por isso, é importante identificar se há déficit sensorial antes de expor essa pessoa a uma situação que pode se tornar desconfortável.
“Os muitos enfeites luminosos, os vários abraços de felicitações e a explosão de fogos de artifício festejando a chegada do novo ano são estímulos que, agradáveis para nós, podem ser insuportáveis para o paciente com TEA. Quando nós, pessoas neurotípicas, nos sentimos incomodados, temos uma resposta adaptativa ao ambiente e nos regulamos com facilidade, mas para a pessoa com autismo e essa sensibilidade sensorial, é muito mais difícil”, explica Anelena Gonçalves, terapeuta ocupacional de integração sensorial da CLIAP.
Liziane aponta que uma forma de deixar a situação mais tranquila é dar previsibilidade. No caso de crianças, explicar a situação e criar pistas visuais no sentido de preparar os pequenos para o que vai haver no evento, com fotos e imagens. Assim, na hora, ela vai estar atenta aos acontecimentos e não se assustar.
“Para minimizar o desconforto, é essencial respeitar o espaço das pessoas com esse transtorno. Evitar o contato físico exacerbado, diminuir a quantidade de estímulos visuais e sonoros. O ideal seria não soltar fogos de artifício, mas como isso foge ao controle dos pais muitas vezes, pode-se usar um abafador de som”, orienta Anelena.
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