A 17ª edição da Fenacam – Feira Nacional do Camarão, que será realizada entre os dias 16 e 19 de novembro, no Centro de Convenções, em Natal, promete ser o divisor de águas para o setor no período pós-pandemia. O Rio Grande do Norte, por exemplo, precisa voltar a exportar camarão. O Estado já chegou a exportar 21.178 toneladas de camarão cultivado em 2004 e nenhum quilo em 2020, ano da pandemia do coronavírus.
Depois de vários anos sem exportações, o RN, através da Cooperativa Unipesca, voltou a exportar para os Estados Unidos, mas ainda de forma muito tímida. A expectativa é aumentar a produção e passar a exportar camarões para União Européia, China e EUA, já no período de janeiro a agosto de 2022.
“Estamos muito preocupados com o futuro do desenvolvimento do nosso setor e todos querem discutir, ouvir, aprender. Precisamos crescer mais, aumentar a produção, voltar ao mercado internacional”, avalia Itamar Rocha, presidente da ABCC (Associação Brasileira dos Criadores de Camarão). “O Brasil tem que fazer o dever de casa, o qual começa pelo maior entendimento e comprometimento por parte dos próprios produtores.
A palavra de ordem do setor, segundo Itamar, é: “conversar mais para entender, que a força dos micros, pequenos e médios produtores passa pela união setorial. Juntos, com o entendimento de que podem atrair os investimentos estruturadores e as parcerias, notadamente com Empresas ncoras, que o setor precisa para superar os problemas de Licenciamento Ambiental, acessos a créditos e ao processamento da produção. Isso será fundamental para a sustentabilidade e crescimento do setor”.
Ainda de acordo com Itamar, além do Banco do Nordeste, a Caixa Econômica Federal vai estar presente pela primeira vez no evento para reforçar o fomento ao setor. “Inclusive, o presidente da CEF (Pedro Guimarães) vem para ouvir a cadeia produtiva e apresentar uma solução, de como a Caixa pode ajudar a desenvolver o nosso setor e contribuir para que o micro e pequeno produtor possa ter acesso a financiamentos, através de cooperativas e empresas âncoras”, revela o presidente da ABCC.
Camarão marinho sobrevive à pandemia
Apesar dos efeitos negativos na economia, durante a pandemia do coronavírus, o camarão marinho sobreviveu, chegando, inclusive, a aumentar sua produção de 2020 em relação a 2019. “No setor da produção de camarão marinho cultivado, notadamente do Brasil, mesmo no seu período mais crítico, ocorreu um incremento de 24,4% na produção de 2020 (112 mil toneladas) em relação à de 2019 (90 mil toneladas)”, destaca Itamar Rocha.
Toda a cadeia produtiva, envolvendo os setores técnico-científico, comercial e empresarial da carcinicultura, piscicultura e malacocultura brasileira, estará reunida entre os dias 16 e 19 de novembro próximo, no Centro de Convenções de Natal, para participar da 17ª edição da Fenacam – Feira Nacional do Camarão. A solenidade oficial de abertura está prevista para às 19h30 da terça-feira (16).
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