Entre 2007 e 2021, foram notificados 36.497 casos de febre maculosa no Brasil, segundo o Boletim Epidemiológico divulgado pelo Ministério da Saúde. Destes, 7% foram confirmados, em uma média de 170 por ano nesse período. Dentre os 2.545 casos confirmados, 2.538 informaram que estiveram envolvidos em situações referentes à exposição de risco e, destes, 68,5% circularam por regiões de mata.
Segundo o documento, a maioria (70,7%) dos casos confirmados foram de pessoas de homens e, na maior parte, na faixa etária de 35 a 49 anos. Com relação à exposição de risco aos animais, 74,7% declararam que foram expostos a carrapatos. A exposição a cães e gatos ocupou o segundo lugar, com 41% dos casos.
A febre maculosa é uma doença infecciosa e febril aguda com elevada taxa de letalidade. A condição é causada por uma bactéria do gênero Rickettsia, transmitida pela picada do carrapato. A doença foi incluída na lista de notificação compulsória no Brasil em 2001. Desde então, passou a ser de comunicação obrigatória às autoridades de saúde pública
O Brasil registrou 49 casos de febre maculosa até junho deste ano, conforme atualização do Ministério da Saúde divulgada no dia 13 do último mês. Dentre os infectados, seis pacientes vieram a óbito por conta doença.
Segundo a análise, a região Sudeste reúne a maior parte dos casos: Espírito Santo (oito), São Paulo (sete), Rio de Janeiro (seis) e Minas Gerais (quatro) somam 25 infectados. Em 2022, foram registrados 190 casos da doença no Brasil, com 70 vítimas fatais.
Vinicius Finavaro, responsável pela Offpragas Dedetizadora, empresa especializada em higienização, alerta que é preciso ficar atento à presença de carrapatos a fim de evitar a contração da doença.
‘Evite áreas de gramados e jardins com vegetação alta. Sempre que for entrar nesses ambientes, use roupas compridas e, de preferência, com cores claras para facilitar a visualização do carrapato’, recomenda. Segundo o Ministério da Saúde, duas espécies de riquétsias estão associadas a quadros clínicos da febre maculosa no país: Rickettsia rickettsii, que leva ao quadro de FMB (Febre Maculosa Brasileira) considerada a doença grave, e Rickettsia parkeri, que produz quadros clínicos mais leves.
‘Além disso, verifique sempre os seus pets, escovando e procurando a presença de carrapatos’, acrescenta Finavaro. No Brasil, os carrapatos do gênero Amblyomma – conhecidos como carrapato estrela – são os principais vetores da febre maculosa, mas até mesmo o ‘carrapato do cachorro’ pode conter a bactéria
De acordo com o responsável pela Offpragas Dedetizadora, é necessário dedetizar os ambientes a cada três meses para evitar a presença de carrapatos. Ele também conta que são utilizadas técnicas específicas para a dedetização de artrópodes.
‘Utilizamos inseticidas em associação que eliminam todo o ciclo de vida do carrapato, além de sempre usar aspiradores e aplicação de vapor quente no ambiente para aumentar a eficiência do tratamento’, informa.
Os principais sintomas da febre maculosa são: febre, dor de cabeça, náuseas, vômitos, diarreia e dor abdominal. Os infectados também podem apresentar outros indícios, como: dor muscular, inchaço e vermelhidão nas palmas das mãos e sola dos pés e gangrena nos dedos e orelhas, além de paralisia que inicia nas pernas e sobe até os pulmões, podendo causar paragem respiratória, conforme o Ministério da Saúde.
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