MLB ocupava o prédio do antigo Diário de Natal desde 29 de janeiro. Foto: Reprodução
Imóvel começou a ser desocupado na tarde desta terça-feira (30) após 5 meses de ocupação. Famílias voltarão para galpão na Ribeira e depois ocuparão prédio cedido pelo governo do estado
Publicado 30 de julho de 2024 às 17:37
MLB ocupava o prédio do antigo Diário de Natal desde 29 de janeiro. Foto: Reprodução
As famílias do Movimento de Luta nos Bairros, Vilas e Favelas (MLB) que ocupavam o prédio antigo Diário de Natal começaram a deixar o local na tarde desta terça-feira (30). Para a mudança eles usaram um caminhão fornecido pelo Instituto de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater), órgão do Governo do Estado. A ocupação completou 5 meses esta semana.
Segundo o MLB, as famílias estão sendo transferidas para um galpão na Ribeira, onde estavam até janeiro, antes de se mudarem para outro prédio que será disponibilizado pelo governo. No galpão da Ribeira, os manifestantes se juntarão a outras 20 famílias e permanecerão lá por aproximadamente três semanas. Depois disso, as 30 famílias serão levadas para o prédio cedido pelo governo.
As famílias deverão ficar no prédio cedido pelo governo por tempo indeterminado, aguardando a entrega de imóveis dos programas Pró-Moradia ou Minha Casa Minha Vida. Na última sexta-feira (26), a Justiça concedeu um prazo de 30 dias para a desocupação do antigo Diário de Natal.
A decisão do juiz Bruno Lacerda Fernandes, da 5ª Vara da Fazenda Pública, atendeu a um pedido do Governo do Estado e da Defensoria Pública. Na semana passada, o Governo do Estado fechou um acordo com o MLB para a desocupação do terreno. Pelo acordo, as famílias serão transferidas para um imóvel escolhido pelo movimento e alugado pelo governo.
Em nota, o governo afirmou que contratou uma empresa para limpar e preparar o imóvel que abrigará as famílias “o mais breve possível”. O prédio do antigo Diário de Natal estava ocupado desde 29 de janeiro por famílias ligadas ao MLB. A ocupação foi um protesto contra a demora na entrega de imóveis definitivos e pelas condições degradantes do galpão da Ribeira, para onde retornarão temporariamente.
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