Processo teve que ser suspenso, por volta das 18h, graças a instabilidade da principal ferramenta de votação, o aplicativo desenvolvido pela Fundação de Apoio à Universidade Federal do Rio Grande do Sul
Publicado 22 de novembro de 2021 às 15:29
Aguardadas e tratadas como um feito histórico na política brasileira, as prévias presidenciais do PSDB, que na teoria ocorreram neste domingo (21), viram as boas expectativas definharem diante de um problema técnico no aplicativo de votação que impossibilitou a participação dos filiados tucanos que se cadastraram previamente para participar do ato de escolha do seu candidato à presidência da República em 2022.
O processo conta com três candidatos, os governadores de São Paulo e do Rio Grande do Sul, João Doria e Eduardo Leite, além do ex-senador e ex-prefeito de Manaus, Arthur Virgílio Neto, que buscam o aval da maioria dos tucanos para serem o nome do PSDB nas urnas no próximo ano. Contudo, a expectativa se transformou em frustração quando o processo teve que ser suspenso, por volta das 18h, graças a instabilidade da principal ferramenta de votação, o aplicativo desenvolvido pela Fundação de Apoio à Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Faurgs), exclusivamente para este ato.
Sem um desfecho, os candidatos se pronunciaram sobre todo o ocorrido e externaram suas pretensões para o futuro e a consequente definição das prévias. De forma conjunta, João Doria e Arthur Virgílio demonstraram o interesse de que o processo eleitoral seja concluído no próximo domingo, dia 28, data que estava reservada para um eventual segundo turno. Já o candidato gaúcho, Eduardo Leite, é contrário à extensão do prazo por mais uma semana, e se manifestou através de nota exigindo um aditamento ao edital do processo, definindo novas datas, e determinando que os filiados que não conseguiram votar possam fazê-lo em até 48h, “em nome do bom senso”.
A votação que deveria ocorrer das 7h às 15h deste domingo, acabou sendo prorrogada até às 18h depois que o aplicativo passou a maior parte do prazo em instabilidade, tornando impossível o voto dos filiados no Brasil inteiro. Em Brasília, a alta casta de tucanos e detentores de mandatos eletivos, puderam votar presencialmente. Para esse grupo, a votação ocorreu normalmente.
Ao todo, quase 45 mil tucanos se registraram para votar nas prévias, contudo, em decorrência dos problemas técnicos, aproximadamente 10% desse número conseguiu manifestar sua escolha e depositar seu voto. O partido garante que esses votos estão seguros e são válidos, e agora trabalha para o reparo na ferramenta de votação para que os filiados que não conseguiram votar possam exercer o seu direto.
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