O ministro das Comunicações, Fábio Faria, usou o Twitter neste sábado (19) para comentar as 500 mil mortes por covid-19 no Brasil. Ele disse que políticos, artistas e jornalistas adotam tom de “quanto pior, melhor” para lamentar as mortes.
“Nunca os verão comemorar os 86 milhões de doses aplicadas ou os 18 milhões de curados, porque o tom é sempre o do ‘quanto pior, melhor’. Infelizmente, eles torcem pelo vírus”, escreveu o Ministro.
Um pouco mais tarde, quando já confirmado pelo Ministério da Saúde o dado de 500 mil mortes pelo coronavírus, Faria voltou a tweetar.
Escreveu “100 mil de mortes no estado de SP, silêncio sepulcral. Quando esses números dos estados se somam e se chega a um número nacional, estardalhaço. Lembremos q os estados e municípios tinham e têm total autonomia nas medidas da covid. Perdi um tio no mês passado e vários amigos.”
A declaração gerou uma grande polêmica nas redes sociais. Muitos internautas o acusaram de falta de empatia e de politizar o momento delicado em que a quantidade de vítimas da Pandemia causa uma comoção nacional.
O deputado federal Rafael Mota postou, logo após a declaração do Ministro, uma crítica indireta ao posicionamento de Faria. “Não há como negar um número: 500 mil mortos”, postou o parlamentar.
Logo em seguida, o deputado Rafael Mota ainda respondeu ao twitter do Ministro Fábio Faria e criticou diretamente a postagem de Faria. “Lembre-se de que mais de 6,5 mil dos mortos são do RN, talvez até eleitores seus”, respondeu Mota.
O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, seguiu outra linha de declaração e não relativizou a quantidade de mortos, 37 minutos depois, também em sua página no Twitter. Lamentou as mortes e prestou solidariedade às famílias em luto.
O Brasil é o 2º país do mundo a ultrapassar a marca de meio milhão de mortes pelo coronavírus. O 1º foi os Estados Unidos, que já acumula 616.929 vítimas da doença.
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