A Justiça do Rio Grande do Norte condenou o ex-vereador de Natal, Maurício Gurgel, a 18 anos de reclusão pelo desvio de verbas públicas. Além dele, também foram condenados o ex-assessor parlamentar Leandro Prudêncio, a contadora Aurenísia Celestino Figueiredo Brandão, o advogado Cid Celestino Figueiredo Souza, e o empresário Sidney Rodrigues dos Santos, que praticaram diferentes crimes, como o de peculato e o uso de documento falso.
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Cada um a seu modo protagonizou um esquema de desvio de recursos públicos no montante de R$ 569.900,89 da Câmara Municipal de Natal, a partir dos valores que eram disponibilizados como verba de gabinete ao então vereador Maurício Gurgel. Os crimes ocorrerem entre janeiro de 2009 e novembro de 2011.
Condenações
Maurício Gurgel recebeu a pena de 18 anos, 5 meses e 11 dias de reclusão, além de 233 dias-multa;
Leandro Carlos Prudêncio foi sentenciado a 18 anos, 5 meses e 11 dias de reclusão, além
de 233 dias-multa;
Aurenísia Celestino Figueiredo teve a pena de 20 anos e 5 meses de reclusão, além de 290 dias-multa;
Cid Celestino Figueiredo Sousa recebeu sentença de 15 anos, 9 meses e 5 dias de reclusão,
além de 249 dias-multa;
Sidney Rodrigues dos Santos foi sentenciado a 13 anos, 2 meses e 10 dias de reclusão, além de 211 dias-multa.
A título de valor mínimo para reparação dos danos causados, cujo prejuízo é possível individualizar, a partir da participação de cada um dos denunciados nas empreitadas criminosas, o Juízo ainda estabeleceu a devolução de mais de R$ 800 mil ao cofre público:
A quantia de R$ 569.900,89 deve ser devolvida de forma solidária por Maurício Gurgel e Aurenísia; o valor de R$ 201.300,00 por Cid Celestino; e R$ 37.374,38 por Sidney.
A sentença também decretou a perda de cargos e/ou mandato eletivo que os acusados Maurício Gurgel e Leandro ocupavam ao tempo dos fatos (2009 a 2011). A perda vale para eventuais cargos, função pública ou mandatos eletivos que sejam atualmente ocupados por tais denunciados e desde que essas possíveis novas atividades laborais guardem correlação com as atribuições dos cargos anteriormente ocupados pelos réus.
Em nota à imprensa, Maurício Gurgel repudiou a divulgação seletiva da decisão judicial e afirmou que a sentença questiona a utilização de verba de gabinete há mais de 10 anos. Ele também esclareceu que os recursos foram utilizados de acordo com a legislação vigente à época, sem qualquer questionamento pelo Tribunal de Contas do Estado ou pela Controladoria interna.
*NOTA À IMPRENSA*
Ao tempo em que repudio a divulgação seletiva de decisões judiciais contra as quais já foram apresentados os recursos previstos em lei, visando restabelecer a verdade, informo que a sentença questiona a utilização de verba de gabinete referente ao meu primeiro mandato de vereador na Câmara Municipal do Natal, no período de janeiro de 2009 a novembro de 2011, portanto, há mais de 10 anos.
Esclareço também que os recursos foram utilizados de acordo com a legislação vigente à época, inclusive sem qualquer questionamento, seja pelo Tribunal de Contas do Estado ou pela Controladoria interna.
Desta forma, reitero a minha confiança na Poder Judiciário potiguar que certamente irá prontamente corrigir equívocos já apontados na sentença em recurso pelos meus advogados desde 24 de abril de 2023.
Maurício Gurgel
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