Ana Luiza Dias contou à polícia ter sido agredida, torturada e mantida em cárcere privado por Fred Henrique Moreira Lima; ele foi preso. No apartamento em Copacabana, no Rio de Janeiro, investigadores encontraram bastão retrátil, soco inglês e réplica de pistola.
Publicado 6 de maio de 2022 às 08:58
Ana Luiza Dias foi agredida, torturada e mantida em cárcere privado por 3 dias pelo namorado – Foto: Polícia Civil
A jornalista Ana Luiza Dias foi agredida, torturada e mantida em cárcere privado pelo namorado por três dias, até que juntou forças e conseguiu reagir. Ela conta que teve que descer nove andares de escada e pedir ajuda a uma pessoa do prédio onde estava em Copacabana, no Rio de Janeiro, para conseguir escapar das agressões.
“Eu desci nove andares de escada, não sei como. A gente às vezes dá um start na nossa vida que a gente não pode perder tempo. Me deu aquele ‘é agora ou vou morrer'”, afirmou.
O agressor, de acordo com a jornalista, é o namorado Fred Henrique Moreira Lima. Ela disse que o homem tinha ciúmes e inventava histórias. Ele foi preso e deve responder por tentativa de feminicídio, estupro, cárcere privado e tortura.
Exames constataram que Ana Luiza sofreu um traumatismo craniano e fratura na mandíbula. Ela ficou internada até a última quarta-feira (4).
“Foi ciúme misturado com loucura. Ele cria histórias na cabeça dele. [Ele] falou que tinha clonado meu celular. Ele inventou um motivo e partiu para cima de mim – e está aqui o resultado. Estou com uma mandíbula de titânio, estou torta”, relatou a vítima.
Essa não é a primeira passagem de Fred Henrique pela polícia. Segundo os investigadores, o homem tem ficha criminal por violência doméstica, tráfico de drogas, porte ilegal de arma de fogo e ameaça.
No apartamento onde ele estava, policiais da 12ª DP (Copacabana) encontraram um bastão retrátil, um soco inglês e uma réplica de pistola. O suspeito permaneceu calado durante depoimento, segundo a polícia.
“Foram apreendidos, no imóvel, os instrumentos do crime, ou seja, um cassetete, um soco inglês, e também existia na sua residência uma réplica de arma de fogo que era usada como forma intimidativa para a vítima”, disse a delegada responsável pelo caso, Natacha Oliveira.
Com informações do g1 RJ
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