Espirros, coriza, dificuldades para respirar, coceira na garganta e manchas na pele são sintomas conhecidos por boa parte da população brasileira que não aparecem apenas em quadros virais. Estes são alguns dos sinais comuns aos diferentes tipos de alergia, que podem ser respiratórias, de pele, alimentares e medicamentosas. Neste mês, é comemorado o Dia Mundial da Alergia, 08 de julho, e especialistas do Hospital Universitário Onofre Lopes (Huol-UFRN), que integra a Rede Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), trazem esclarecimentos sobre causas e tratamentos para melhorar a qualidade de vida de quem convive com esse problema de saúde.
O Professor de pneumologia do Huol, Paulo Roberto de Albuquerque, explica que a alergia consiste em reações exageradas que o organismo sofre quando entra em contato com determinadas substâncias (alérgenos). “Pode ser a medicamentos, produtos químicos, poeira, fumaça, mofo, pelos de animais, mudanças climáticas, etc.”, enumera o professor.
De acordo com o profissional, a alergia alimentar e medicamentosa são as mais comuns, causando urticária e dermatite que geralmente são brandas, mas podem ser graves. O professor de pneumologia destaca que a alergia não surge da noite para o dia. “Cada vez que nosso organismo tem contato com uma substância estranha (antígeno) ele produz uma substância chamada de anticorpo. Em indivíduos geneticamente susceptíveis e previamente sensibilizados, esse anticorpo se liga a determinadas células do nosso organismo e faz com que substâncias responsáveis por reações alérgicas passem a ser liberadas”, explica.
Ambiente doméstico pode influenciar alergias
No ambiente doméstico, os alérgenos encontrados com mais frequência são os ácaros, que podem dar origem às alergias respiratórias e podem ser mais severas se não tratadas adequadamente, dando origem à Asma e Rinites, esclarece Paulo Roberto.
Os sintomas da rinite podem se manifestar por meio de congestão nasal, secreção excessiva saindo das narinas (chamada rinorréia), espirros, coceiras no nariz, na garganta e/ou nos ouvidos, coceira, lacrimejamento e conjuntivite nos olhos. Na Asma os sintomas são de tosse com secreção clara, chiado e aperto no peito e falta de ar.
“As mudanças de temperatura predispõem a crises de rinite. Quando o ar está muito frio e seco, ou quando respiramos pela boca, o nariz não dá conta de condicionar o ar adequadamente. Esse ar ao entrar seco e frio nas vias respiratórias, irrita as mucosas e prejudica o funcionamento de todo o aparelho respiratório, deixando as pessoas mais susceptíveis a infecções”, alerta Paulo Roberto.
Prevenção
Manter ambiente limpo e arejado é a principal recomendação para evitar as crises alérgicas respiratórias. “Abrir a janela, deixar a luz do sol entrar; fazer a limpeza do local contínua e evitar varrer e espanar, para que aquela poeira não suba e entre em contato com a via respiratória, e trocar a vassoura por um pano úmido. Trocar qualquer material que acumule poeira por materiais com superfícies lisa. Evitar contato com fumaça, principalmente cigarros. Contato com pelos de animais domésticos pode desencadear rinite e asma e deve ser evitado”, disse o professor Paulo.
A otorrinolaringologista do Huol, Ana Carolina Fernandes de Oliveira, destaca o controle dos fatores causadores das alergias respiratórias, como evitar objetos que possam acumular poeira e ácaros, a exemplo de carpete, cortina, almofadas, colchas e bichinhos/objetos de pelúcia; e evitar ambientes úmidos, com mofo ou infiltrações nas paredes.
“Devido o mecanismo imunológico, a alergia respiratória até o momento não tem cura, porém, a ciência e bons hábitos já podem garantir com segurança um bom controle de crises e sintomas. Mudanças de hábitos e a inunoterapia são peças-chave neste processo”, explica Ana Carolina.
Uso seguro de medicamentos antialérgicos
Os medicamentos são a principal via para conter as crises alérgicas, mas devem ser administrados com cuidado e orientação. Em geral, apontou o farmacêutico, os anti-histamínicos são utilizados para controlar sintomas leves a moderados de alergia; e os corticosteroides, para reações mais severas, diminuindo a inflamação. Uma atenção especial à dosagem deve ser considerada, respeitando as orientações dispostas no medicamento e passadas pelo profissional de saúde, para evitar superdosagens que podem trazer danos ao paciente. Nos casos de anafilaxia, uma reação alérgica grave com sintomas de dificuldade respiratória, queda da pressão arterial, taquicardia e perda de consciência, a adrenalina é utilizada.
______________________________________________________________________________________________
Quer receber notícias úteis, relevantes, informativas e divertidas?
➡️ Assine gratuitamente a Comunidade do NOVO no Whatsapp.
➡️ gratuitamente o Canal de Notícias no Telegram.
➡️ Siga o NOVO Notícias no Twitter.
______________________________________________________________________________________________
Receba notícias em primeira mão pelo Whatsapp
Assine nosso canal no Telegram
Siga o NOVO no Instagram
Siga o NOVO no Twitter
Acompanhe o NOVO no Facebook
Acompanhe o NOVO Notícias no Google Notícias