O Carnaval acontece de 1 a 4 de março - Foto: Frankie Marcone/Arquivo/NOVO
O Carnaval é sinônimo de diversão, paquera e descontração. No entanto, é importante não esquecer de cuidar da saúde, especialmente em um evento que reúne milhões de pessoas ao redor do Brasil. Para garantir que a festa seja segura, especialistas do Hospital Universitário Onofre Lopes (Huol-UFRN), da Rede Ebserh, compartilham dicas práticas e indispensáveis para manter a saúde em equilíbrio no período carnavalesco.
Com o aumento da atividade sexual casual no carnaval, também aumentam os casos de Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs) e de gravidez. As principais infecções sexualmente transmissíveis são sífilis, infecção pelo HIV, gonorreia, hepatite B, infecção pelo HPV e uretrites. De acordo com a infectologista do Huol, Gisele Borba, “as infecções sexualmente transmissíveis causam preocupações diferentes em momentos diferentes. Temos aquelas infecções que causam muita preocupação no paciente porque pouco depois que ele contrai já começa a ter sintomas e isso faz com que ele procure o médico rapidamente, como é o caso da gonorreia”, enfatiza.
Mais prevenção
A exposição a vários parceiros sexuais vai expor a maiores possibilidades de infecção, a melhor proteção, de um modo geral, é o uso de preservativo. “Quanto mais parceiros, maior a chance, igual um bilhete de loteria, se você tem um bilhete você tem menos chance de ganhar do que se você tem dois, do que você tem dez mil. Mas lembrando que o uso do preservativo vai proteger, mesmo com várias parcerias sexuais, então lembra de usar a camisinha, isso é extremamente importante”, pontua a infectologista do Huol, Gisele Borba.
O uso de preservativo vai proteger contra grande parte das ISTs, porém, Gisele Borba alerta sobre o problema do uso inadequado da proteção apenas na hora da ejaculação, pois já aconteceu o contato de mucosa com mucosa e houve a liberação do líquido pré-ejaculatório. Além do preservativo masculino e feminino, a profissional também fala sobre outros meios de proteção, “existe, hoje em dia, uma outra arma que se pode utilizar, que é a PrEP, Profilaxia Pré-Exposição, que é recomendada exatamente nesses casos em que você vai ter uma exposição já programada”, explica a infectologista. A PrEP é uma das formas de se prevenir do HIV, a combinação da PrEP com o preservativo, é uma prevenção dupla contra o HIV e outras doenças sexualmente transmissíveis. “A necessidade de prevenção não se restringe a um gênero. Somos todos responsáveis pela manutenção da nossa saúde”, disse a médica.
Alimentação e hidratação do corpo
Os cuidados com a saúde durante o Carnaval não se limitam à prevenção de ISTs. A alimentação e a hidratação do corpo devem ser levadas em consideração para curtir a folia com saúde e bem-estar. “Algumas sugestões de lanches leves são frutas, castanhas, frutas secas, sanduíches, biscoitinhos integrais e barrinhas de cereal. Podem fazer parte da alimentação sucos naturais e cremes de frutas (como o açaí, por exemplo) pois além de nutrir e fornecer energia, também refrescam”, orienta a nutricionista do Huol, Shirley Alcolumbre.
Durante a folia, é importante hidratar o corpo com a ingestão regular de líquidos repositores. “Ter sempre à mão uma garrafinha de água, a hidratação pode ser complementada com outros líquidos repositores, como água de coco, sucos naturais, isotônicos, chás gelados e caldo de cana. Atentar para a sede pois já é um sinal de que o corpo já está em processo de desidratação”, alerta Shirley Alcolumbre.
Com o consumo excessivo de álcool na hora da folia, beber água ou água de coco, entre os goles de bebida alcoólica, pode ajudar a reduzir os efeitos de ressaca. Shirley Alcolumbre ainda alerta sobre o cuidado com o consumo exagerado de energéticos, “essas bebidas podem ajudar na hidratação, mas são ricas em cafeína e outros estimulantes, o que pode gerar taquicardia, ansiedade, desconforto, mal-estar e até mesmo atrapalhar o sono”, explica.
Casos de intoxicação alimentar são frequentes no carnaval, as temperaturas elevadas neste período contribuem para um ambiente favorável à multiplicação dos micro-organismos e deterioração de alimentos. “Sintomas como mal-estar, dor abdominal, náuseas, vômitos, diarreia e febre podem indicar casos de intoxicação alimentar. Para evitar a intoxicação é importante, ao comer fora de casa, redobrar a atenção sobre a higiene, condições de armazenamento e tipo do alimento”, orienta a nutricionista do Huol, Shirley Alcolumbre.
Sobre a Ebserh
O Huol faz parte da Rede Ebserh desde 2013. Vinculada ao Ministério da Educação (MEC), a Ebserh foi criada em 2011 e, atualmente, administra 45 hospitais universitários federais, apoiando e impulsionando suas atividades por meio de uma gestão de excelência. Como hospitais vinculados a universidades federais, essas unidades têm características específicas: atendem pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) ao mesmo tempo que apoiam a formação de profissionais de saúde e o desenvolvimento de pesquisas e inovação.
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