Cotidiano

Escolas usam tecnologia para alunos solucionarem problemas sociais e ambientais

Estudantes têm trabalhado em projetos com foco no desenvolvimento sustentável

por: NOVO Notícias

Publicado 20 de outubro de 2021 às 12:08

Sala Maker Contemporâneo

Na Sala Maker do Complexo Educacional Contemporâneo, alunos tem se dedico a projetos como a produção de energia a partir de plantas – Foto: Divulgação

A cultura maker, do faça você mesmo, veio para ficar. Nos quatro cantos do país, é possível encontrar espaços e pessoas dedicadas a colocar a “mão na massa” de maneira colaborativa. No Rio Grande do Norte, escolas têm feito uso da inovação e da tecnologia para que os alunos busquem iniciativas com impacto social e ambiental.

É o caso do Complexo Educacional Contemporâneo, que transformou a sua Sala Maker, recentemente inaugurada, em um laboratório de soluções para problemas locais. Da produção de energia a partir de plantas a um projeto de cisternas para o semiárido, a novidade tem provocado os alunos a colaborarem com a comunidade e transformado o processo de aprendizagem.

O professor Roberto Peixoto, responsável pelo espaço, conta que o foco na sustentabilidade não é por acaso. “O aluno tem que perceber que existe um mundo fora da escola que precisa de cuidados. E que o conhecimento adquirido no dia a dia pode ser utilizado para impactar a vidas das pessoas”, conta ele.

Além da cisterna e da produção energética com plantas, os estudantes também se dedicaram nas últimas semanas à automatização de hortas e ao projeto de um carregador de celular que utiliza energia solar. Parte dos empreendimentos é sugestionada pelos próprios alunos.

Para Raquel Ferreira, de 17 anos, toda a turma se sente motivada porque existe uma aplicação prática. “Se a gente pode fazer com as próprias mãos e resolver uma questão que vai impactar lá fora, então faz sentido. A solução de problemas reais permite”, explica ela.

A diretora do Contemporâneo, Marianny Andrade Arcanjo, afirma que a adesão da escola ao movimento da cultura maker está disseminando, entre professores e alunos, a ideia de que qualquer pessoa consegue construir ou consertar objetos. Segundo ela, o foco em criações com impactos sociais e ambientais também reflete positivamente na formação pessoal.

Roberto enfatiza que o papel da instituição de ensino deve ir além de simplesmente ensinar o que é a natureza ou descrevê-la. “É preciso levar o estudante às práticas sustentáveis, para que entenda a origem dos problemas ambientais e tenha a consciência de que pode ser deles a causa ou a solução”.

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