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ERRO HISTÓRICO DA POLÍTICA

EDITORIAL

por: NOVO Notícias

Publicado 31 de julho de 2021 às 00:00

ERRO HISTÓRICO DA POLÍTICA

O machismo é um preconceito expressado por opiniões e atitudes que são opostos à igualdade de gêneros, com inclinação de favorecimento do homem em detrimento à mulher. O machismo estrutural é cultural e comum em diversos aspectos da comunidade, e tendo sido normalizado por muitos anos.

Por isso, o acesso à informação e incentivo aos movimentos sociais devem ser pauta para os debates como forma de dinamizar e difundir os conceitos ultrapassados de uma sociedade machista. Devemos conversar, falar e debater sobre os variados temas.

Em meio a esse clamor social para que a sociedade busque a equidade e equilíbrio entre os gêneros, cai a figura de um falso justiceiro. Quando o silêncio pode ser o melhor remédio para que a “verborreia” não envergonhe uma figura pública, o senador Styvenson Valentim (Podemos) transforma suas opiniões em um emaranhado de agressões e misoginia que se somam em um grande pacote de preconceito e atraso.

O herói, justiceiro e correto capitão da PM, que construiu carreira como a indobrável autoridade de blitzen da lei seca, mostra que nada mais é do que o retrato do conservadorismo arcaico, guardando no baú das suas mazelas pessoais a capa do falso herói.

Observando as posições e exposições (inclusive na vida pessoal) do senador Styvenson Valentim, fica a pergunta: o que há de novo no episódio em que o senador, que representa o Rio Grande do Norte, desata seu curto vocabulário em um vídeo onde relativiza a agressão sofrida pela mulher de um “artista”? Nada.

Lembram os gritos ensandecidos na irmã e as ordens típicas do aquartelamento militar desferidos contra a própria mãe, expostos em um vídeo “familiar”, quando a irmã do senador recebeu o auxílio do Governo Federal?

As opiniões do senador, suas atitudes misóginas, não podem ser relativizadas, assim como ele fez com os “bons tapas” que sugeriu a vítima ter levado por merecimento. O senador da República, representante do Rio Grande do Norte, deveria trabalhar pela igualdade, proteção e justiça.

Apesar do pacote de vergonha que o falso heroísmo de Styvenson Valentim distribui nacionalmente com o carimbo do voto do potiguar, ele não pode se calar. Essa afirmação parece uma antítese a tudo que esse texto mostrou até agora. Mas não é. O RN merece saber dos pensamentos do seu representante e amargar essa vergonha até o final do seu mandato. Uma eventual desfaçatez nas opiniões e pensamentos do senador poderia continuar mantendo no político a aura do justiceiro e protetor, e assim não saberíamos o grande erro histórico que foi o voto em Styvenson.

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