Foto: Carlos Azevedo/NOVO Notícias
Os empregos do setor industrial potiguarcresceram 6,73% em 2022, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED) compilados pela Federação das Indústrias do no Rio Grande do Norte (Fiern). O total de industriários empregados avançou de 100.658 em 2021 para 107.430 em 2022.
Dados da síntese do Novo CAGED feita pela Fiern, a indústria potiguar teve aumento de 6.772 pessoas contratadas em 2022. Após a movimentação do ano, a participação atual da indústria em relação ao total de atividades no que diz respeito ao número de contratos de trabalho vinculados à CLT é de 23,31%.
Apesar do aumento geral, o saldo de dezembro da indústria potiguar foi negativo. O número correspondente ao corte de 1.581 vagas de emprego, resultante de 953 reduções na construção e 628 nos demais subsetores (Indústria Geral).
Em termos positivos, o único destaque digno de nota foi verificado nas Atividades de apoio à extração de minerais (+166 vagas), diga-se, apoio à extração de petróleo e gás, agora retomadas por empresas privadas independentes, após as inciativas de desinvestimentos da Petrobras na bacia potiguar.
A cadeia de petróleo e gás é um dos destaques na contração em 2022. Foram 1.032 vagas abertas no ano, das quais 774 nas Atividades de apoio à extração de petróleo e gás e 258 na extração.
No último mês de 2022, o saldo do emprego com carteira no Rio Grande do Norte foi negativo, tendência que já é comum no período. Dessa maneira, houve o fechamento de 2.965 postos de trabalho, resultantes da diferença entre 12.881 admissões e 15.846 desligamentos.
No Nordeste, por sua vez, foram encerrados 52.018 contratos de trabalho e 431.011 no conjunto do país. Devemos, no entanto, chamar a atenção de que, no caso do estado, o volume de corte foi mais do que o dobro do verificado em dezembro de 2021 (1.460).
As explicações mais plausíveis para o aumento da intensidade devem ser atribuídas aos efeitos das taxas de juros elevadas mais elevadas desde agosto, e o consequente endividamento da população, assim como à redução do poder de consumo, devido à inflação elevada; cortes de pessoal na administração pública no final da gestão do governo estadual, em decorrência do encerramento de contratos temporários também influíram no resultado. Quanto aos fatores recorrentes do período, estão os cortes de vagas temporárias devido ao fim da safra de melões e outras frutas, e a moagem da cana em fase de conclusão.
Em termos de grandes setores, apenas o Comércio registrou saldo positivo em dezembro, mesmo assim, de apenas +18 vagas (+0,01%). Quanto aos balanços negativos, a Agropecuária perdeu -658 vagas (-3,63%), os Serviços -744 (-0,35%) e a Indústria, com -1.581 (-1,45%), dos quais, -953 na Construção e -628 nos demais setores (Indústria Geral).
No acumulado janeiro-dezembro, o saldo total de postos de trabalho com carteira abertos no RN em todas as atividades correspondeu a +21.201 vagas, com incremento de +4,82% em relação ao contingente de empregados existentes no final de 2021. Nesta base de referência, apenas a Agropecuária apresentou saldo negativo, equivalente a -328 vagas (- 1,84%). O melhor desempenho do ano foi assinalado pelos Serviços, com saldo de +10.554 contratos efetivados (+5,18%), seguidos pela Indústria, com +6.772 (6,73%) e o Comércio, com +4.203 (3,58%). Entre 2021 e 2022, o total de empregados com carteira no RN estimado pelo Novo CAGED aumentou de 439.657 para 460.858.
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