Política

Em vídeo, Bolsonaro reconhece fim eleitoreiro da PEC dos Benefícios

Em fala durante a reunião gravada em julho de 2022, Bolsonaro diz que a PEC ajudaria a ganhar a simpatia do povo, o que deveria impulsionar sua candidatura

por: NOVO Notícias

Publicado 9 de fevereiro de 2024 às 15:24

Defesa de Bolsonaro avalia recorrer da decisão do TSE no STF

Jair Bolsonaro, ex-presidente da República – Foto: Rosinei Coutinho/SCO/STF

Em uma reunião no Palácio do Planalto, o então presidente Jair Bolsonaro admitiu o caráter eleitoreiro da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) nº 15, também conhecida como PEC das Bondades, e também como PEC dos Benefícios, que concedeu benefícios sociais até o fim do ano de 2022, como o Auxílio Brasil de R$ 600, auxílio de R$ 1 mil para caminhoneiros, vale-gás de cozinha e reforço ao programa Alimenta Brasil, além de recursos extras para taxistas. Bolsonaro afirmou que a proposta era necessária e ajudaria a ganhar a simpatia da população.

“A PEC das Bondades é necessária. Apesar de não ter sido feita para a eleição, não tem como não ganharmos a simpatia da população”, disse o então presidente. Ele usou a PEC para justificar críticas a institutos de pesquisa, citando nominalmente o Datafolha, que apontavam em pesquisas eleitorais que ele não tinha votos suficientes para vencer a eleição daquele ano contra o hoje presidente Lula.

O registro em vídeo da reunião, que aconteceu no dia 5 de julho de 2022, agora faz parte das investigações sobre a tentativa de golpe de Estado e de abolição violenta do estado democrático de direito. O vídeo é uma das provas apresentadas pelo STF no âmbito da Operação Tempus Veritatis, deflagrada pela Polícia Federal para investigar uma suposta organização criminosa cuja atuação teria resultado na tentativa malsucedida de golpe de Estado no 8 de janeiro de 2023.

Na ocasião, o Datafolha apontava que Lula liderava a corrida presidencial, alcançando 41% das intenções de voto no primeiro turno, contra 23% de Bolsonaro. Em um segundo turno contra Bolsonaro, Lula levaria ampla vantagem, com uma margem de 55% a 32%.

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