Polícia

Em Natal, júri absolve filho que confessou envenenar e matar pai idoso com câncer terminal

O crime envolvendo pai e filho aconteceu na madrugada do 6 de maio de 2017, no bairro Nossa Senhora da Apresentação, dentro da casa onde os dois homens moravam

por: NOVO Notícias

Publicado 10 de agosto de 2023 às 06:36

A justiça do Rio Grande do Norte absolveu um filho acusado de matar o próprio pai com veneno de rato em Natal. O caso que foi registrado em 2017, passou por júri popular nesta quarta-feira (9), no Fórum Miguel Seabra Fagundes. Com os quatro primeiros votos favoráveis pela absolvição, sendo a maioria, os outros três votos foram dispensados.

De acordo com a defesa do acusado – que é réu confesso – o homem teria agido para livrar o pai do sofrimento submetido durante o tratamento do câncer terminal.

“A defesa procurou estabelecer todas as provas e mostrar o desespero do filho que não aguentava mais ver o sofrimento do pai. Além do que, sabemos que ele não fez por maldade, mas sim, para limitar a dor do genitor”, disse Cyrus Benavides, um dos advogados de defesa que atua no caso.

De acordo com os advogados, pai e filho eram melhores amigos, não existia nenhum interesse econômico. Após o resultado do julgamento, o réu falou aos advogados que vai seguir a vida com a lembrança dolorosa do ato, porém, aliviado de não ter sido condenado pela justiça.

O crime envolvendo pai e filho aconteceu na madrugada do 6 de maio de 2017, no bairro Nossa Senhora da Apresentação, dentro da casa onde os dois homens moravam, localizada na zona Norte de Natal. Na época, após dois dias do crime, o homem se apresentou à 2ª Delegacia de Plantão da Zona Norte de Natal e confessou que havia matado o pai com veneno para ratos.

O homem que tinha 38 anos quando tudo aconteceu relatou ao delegado a situação do pai. Ele informou sobre as mudanças que aconteceram durante o processo de descoberta e tratamento da doença como o fim de um casamento. Devido as circunstâncias, o homem decidiu por dar veneno ao pai, e em seguida, tirar a própria vida também com o veneno.

O homem ficou preso de 2017 até 2019, quando foi solto por decisão da Justiça. O laudo do Instituto Técnico-Científico de Perícia não apontou a causa do óbito do pai idoso, mas durante as diligências, a polícia apreendeu embalagens abertas de veneno e contou com o depoimento do acusado, confessando o crime.

Com o fim das investigações coordenadas pela Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) e a denúncia do Ministério Público, o homem se tornou réu em março de 2019. O Ministério Público pediu na acusação a qualificação de homicídio doloso consumado e privilegiado.

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