“Ó, Camarões, berço dos nossos ancestrais, onde agora eles repousam em liberdade”, quando os primeiros versos do hino camaronês ressoarem no Catar, pela estreia dos africanos na Copa do Mundo, em Natal, um torcedor solitário vai vibrar e torcer pelos compatriotas. Israel Nkontgchut, de 23 anos, estudante de farmácia da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), buscará o apoio da torcida brasileira em dia de jogos da seleção do seu país.
“No Rio Grande do Norte, eu nunca vi um camaronês. Vai ser uma experiência diferente. No meu país tenho amigos, família que se juntam para assistir ao jogo. Aqui, estarei em um grupo torcendo contra meu país, que seu país seja vencido. Mas, apesar de tudo, espero contar com o apoio deles em outros jogos”, disse Israel.
Fruto do Programa de Estudantes-Convênio de Graduação (PEC-G), convênio de intercâmbio da UFRN que oferece oportunidades de formação superior a cidadãos de países em desenvolvimento com os quais o Brasil mantém acordos educacionais e culturais, Israel conta que escolheu dois destinos primeiramente, mas que Natal foi onde desembarcou para cursar a faculdade de Farmácia.
O camaronês falou ainda que não é muito ligado a futebol. Ressaltou que para assistir um jogo, só quando está palpitando ou apostando, mas que em época de Copa do Mundo, com certeza, é obrigação parar para acompanhar e torcer pela sua seleção.
“Não conheço quase nada de futebol. E você só vai me ver entusiasmado com futebol, quando palpitei ou apostei em algum jogo. E segunda opção, claro, é quando meu país está jogando, são momentos únicos para ver minha seleção em campo em um mundial”, ressaltou.
Rival do Brasil no Grupo G da Copa do Mundo, Israel opinou que a seleção comandada por Tite é uma das favoritas para ganhar o mundial de 2022 no Catar.
Ele ressaltou a dificuldade que será jogar contra a equipe canarinho na primeira fase do torneio, e disse temer o adversário.
“A expectativa é que Camarões não resista diante do Brasil. Eles decepcionaram a gente esse ano na Copa da África, perdendo em casa. Eu sei que vai ser difícil para Camarões, porque tem boa probabilidade de o Brasil vencer até a Copa. E para derrotar a seleção brasileira, eles vão ter que se esforçar bastante”, pontuou.
Israel diz que nos dias de jogos do Brasil, a torcida é para a Seleção Brasileira, porém quando as partidas envolvem a seleção camaronesa, a torcida é para o país em que nasceu.
“Eu torço para Camarões quando ele está jogando, mas nas partidas do Brasil, eu torço para a Seleção Brasileira. Mas caso, Camarões venha a perder, a minha torcida será pelo Brasil. Mas, apesar de tudo é só um jogo, na minha terra a agente aprende: é só um jogo. Mas é importante que eu apoiei meu país”, destacou.
O jovem, que já mora há dois anos no Rio Grande do Norte, afirma que o Brasil é similar a Camarões, principalmente, nas celebrações e na recepção calorosa do povo.
“O Brasil é muito parecido com o meu país nas festas e no clima. Eu gosto muito de morar aqui porque as pessoas nos recebem de portas abertas, elas gostam muito dos estrangeiros”, falou.
Brasil e Camarões se enfrentam pela terceira rodada da fase de grupos da Copa do Mundo do Catar. As seleções também terão Sérvia e Suíça como adversárias e estreiam nesta próxima quinta-feira, 24 de novembro.
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