Quando avaliados os índices apenas das escolas particulares, em 2019, apenas 43% dos estudantes pesquisados dizem ter usado preservativo na última relação sexual
Publicado 14 de julho de 2022 às 17:00
Em Natal, o IBGE apontou que, nos últimos dez anos, caiu o uso do preservativo entre adolescentes nas relações sexuais. Apenas 61,8% dos estudantes natalenses entrevistados na edição de 2019 da pesquisa disseram ter usado preservativo na última relação sexual. Em 2009, esse percentual chegava a 68,2%. Em 2012, o índice chegou a 74,2%.
Quando avaliados os índices apenas das escolas particulares, em 2019, apenas 43% dos estudantes pesquisados dizem ter usado preservativo na última relação sexual. Em 2009, esse percentual era de 75%.
Nas escolas públicas, em 2019, 64% dos adolescentes disseram ter usado preservativo na última relação sexual. Em 2009, o percentual foi de 65,5%.
Os dados são da Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar (PeNSE) divulgada na quarta-feira (13 de julho). A PeNSE foi realizada com adolescentes de 13 e 15 anos e levantou informações acerca dos fatores de risco e proteção para a saúde dos escolares.
Nesta publicação, o IBGE reuniu indicadores coletados nas pesquisas realizadas em 2009, 2012, 2015 e 2019, referentes aos estudantes do 9º ano do Ensino Fundamental das capitais brasileiras.
Natal é a 6ª capital do Brasil em que adolescentes dizem não ter amigos próximos; problema é maior nas escolas públicas
Em 2019, 4,2% dos escolares natalenses disseram não ter nenhum amigo próximo. Com esse percentual, a capital potiguar ficou em terceiro lugar entre as capitais do Nordeste e na sexta colocação entre as capitais brasileiras com maior número de adolescentes que não têm amigos próximos.
O levantamento também verificou que o percentual de adolescentes em escolas públicas natalenses sem amigos próximos (5,8%) supera em muito os da rede privada (1,8%).
A inexistência de amigos próximos pode ser vista tanto como um sintoma quanto como um fator de risco à saúde mental, especialmente em uma fase de vida em que se espera maior interação social entre adolescentes da mesma faixa etária.
Estudantes de Natal estão mais insatisfeitos com seus corpos; meninas sofrem mais com a insegurança corporal
Entre 2009 e 2019, o percentual de estudantes natalenses que se sentiram insatisfeitos com os seus corpos também aumentou. Entre aqueles que se sentiam gordos ou muito gordos, o percentual cresceu de 17,4% para 25,7%. O índice chega a 29% quando consideradas apenas as meninas que se sentiam gordas ou muito gordas.
O percentual dos alunos natalenses que se consideravam magros ou muito magros também teve um aumento, indo de cerca de 23% em 2009, para 29% em 2019.
Cresce o número de adolescentes que tiveram contato com bebidas alcoólicas em idade escolar
O consumo de bebidas alcoólicas entre adolescentes e pré-adolescentes é cada vez mais comum em Natal e cresceu de cerca de 49% em 2012 para 55% em 2019. O percentual foi maior entre as meninas, que saíram de 51% em 2012 para 59% em 2019. Para os meninos, o indicador foi de 47% em 2012 para quase 51% em 2019.
Quando analisadas as dependências administrativas das instituições de ensino, o contato com bebidas alcoólicas por parte de estudantes de escolas públicas é bem maior quando comparado com os de instituições particulares.
Em 2012, 50% dos estudantes das escolas públicas disseram ter consumido bebidas alcoólicas pelo menos uma vez; em 2019, esse percentual subiu para 60%. Nas escolas particulares, houve uma redução de 2% entre 2012 (48%) e 2019 (46%).
Natal é a terceira capital do Nordeste e do Brasil em que os jovens menos se interessam pelo cigarro
Os estudantes natalenses entre 13 e 15 anos têm experimentado menos o cigarro. Em 2009, 19,3% dos jovens natalenses disseram ter experimentado cigarro ao menos uma vez. Em 2012, esse percentual chegou ao seu menor índice, alcançando 12,9%.
Em 2019, embora tenha havido um aumento para 16,7%, Natal figurou como a terceira capital no Nordeste e no Brasil onde os jovens menos experimentavam o cigarro.
Tal como observado com as bebidas alcoólicas, quando analisadas as dependências administrativas das instituições de ensino, o primeiro contato com o cigarro por parte de estudantes de escolas públicas é bem maior quando comparado com os de instituições particulares.
Em 2012, 22,4% dos estudantes das escolas públicas disseram ter fumado cigarro pelo menos uma vez; em 2019, esse percentual subiu para 23,6%. Nas escolas particulares, houve uma redução de quase 9% entre 2012 (14,3%) e 2019 (5,9%).
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