Irapoã Nóbrega lidera a chapa “ABC, a Paixão que Nos Move”

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Eleições Irapoã Nóbrega apresenta propostas para fortalecer clube, se eleito presidente

Novo Notícias faz rodada de entrevistas com dois candidatos postulantes à presidência do ABC

por: NOVO Notícias

Publicado 11 de novembro de 2024 às 15:02

No dia 24 de novembro, os sócios torcedores do ABC Futebol Clube vão às urnas para escolher o próximo corpo de conselheiros, responsável pela eleição do novo presidente do alvinegro. Duas chapas estão na disputa: “ABC Mais Forte,” liderada pelo candidato a presidente Eduardo Machado, e “ABC, Paixão que nos Move,” encabeçada por Irapoã Nóbrega.

Dando continuidade à cobertura da eleição no ABC, o NOVO Notícias entrevistou os dois postulantes ao cargo máximo do clube. Após a conversa com Eduardo Machado, publicada na edição anterior, trazemos agora a entrevista com Irapoã Nóbrega. Confira:

ENTREVISTA – IRAPOÃ NÓBREGA

O senhor sempre teve uma atuação discreta no dia a dia do ABC. O que o motivou a topar esse desafio, que naturalmente exige maior exposição, neste momento?

Eu aceitei esse desafio porque, além do ABC ser meu clube do coração, eu acredito que a gente precisa ter os pés no chão e que é preciso continuar sanando as dívidas. Principalmente das dívidas trabalhistas, que são extensas e precisam ser resolvidas de forma imediata. Eu aceitei para o ABC se estruturar para poder dar passos maiores, buscando o acesso à Série B e, mais adiante, à Série A.

Acreditamos que as Séries C e D não são os lugares ideais para o ABC. Que projetos o senhor tem para recolocar o Mais Querido onde ele deve estar?

O ABC, por sua grandeza e história, não é um time para estar nas Séries D e C. Eu digo que o ABC, no mínimo, é para estar e permanecer na Série B. Porém, devido principalmente às dívidas trabalhistas, a gente vem buscando sanar as contas para reestruturar o clube, para que, no próximo acesso que o ABC alcançar, ele permaneça na Série B e galgue o passo maior, que é o retorno à Série A.

O ABC já mostrou força em outras modalidades, como o futsal, que neste ano coloca o RN em evidência com outros clubes. Caso eleito, o senhor pretende viabilizar outras modalidades esportivas no clube? Como pretende fazer isso? | O feminino está em plena ascensão no Brasil e no mundo, e cada vez mais a modalidade tem ganhado espaço na mídia e na predileção dos torcedores. Montar um departamento de futebol feminino está nos seus planos para o ABC?

Com certeza. Nós temos a intenção de retornar principalmente o futsal e o futebol feminino. O que eu venho sempre dizendo é que precisamos avançar conforme as possibilidades. Não podemos dar um passo longo demais para, no fim, ter que retornar. Então, a princípio, nós temos a intenção de reformular o trabalho, com foco no futebol feminino e no futsal, com nossa equipe buscando parcerias e patrocínios para a viabilidade da montagem do elenco e manutenção das equipes nos campeonatos.

O ABC tem, em análise no Conselho Deliberativo, um projeto para exploração comercial da área onde hoje funciona o CT do clube. O senhor já teve oportunidade de avaliar esse projeto? O que pensa sobre ele?

Em relação à exploração da área comercial do CT, nós já vimos o projeto. Porém, verificamos que também é possível melhorar mais em prol do clube. Também existe a possibilidade de analisar os projetos e propostas de outros investidores. Vamos fazer uma pesquisa de mercado para ver o que é melhor. Nessa análise, vamos definir se serão torres comerciais, se será um shopping ou um centro de entretenimento misto, com áreas comerciais e residenciais. Esse é um projeto a curto prazo que, até o final de 2025, nós queremos estar com a definição do potencial construtivo da área do CT e de todo o entorno do Frasqueirão.

Sua entrada na disputa aconteceu logo após o senhor ser eleito vereador de Natal. São dois cargos que o senhor ainda não ocupou. O senhor não acha que pode haver dificuldade em conciliar as funções? Já pensou em como superar os potenciais obstáculos?

Na questão da conciliação de tempo, eu não vejo dificuldade. Eu sempre busquei conciliar meu tempo da melhor forma possível e nunca tive dificuldade. Não acredito que terei problemas com isso em relação à Câmara Municipal e o ABC. Até porque a CMN já tem seus horários pré-estabelecidos, com horários definidos para as comissões e sessões ordinárias. No ABC também não é preciso estar 24 horas direto. A ideia é ter um trabalho real em conjunto. Eu seria o presidente e dr. Fábio, como vice, não vai ter papel de figurante. Queremos os dois atuando em conjunto, inclusive na administração do clube. Eu não sou uma pessoa centralizadora e sei que dr. Fábio e outros vice-presidentes, além do executivo administrativo e de futebol, todos nós juntos, de forma organizada, podemos gerir bem o ABC.

O atual presidente, que apoia sua candidatura, conseguiu imprimir uma marca muito positiva no quesito gestão, diminuindo consideravelmente algumas dívidas do ABC, especialmente com a Justiça do Trabalho. No entanto, o desempenho dentro de campo, que começou bem com um duplo acesso, acabou deixando a desejar nos dois últimos anos. Como o senhor pretende fazer para equilibrar isso, e fazer um ABC forte dentro e fora de campo?

Bira fez uma gestão espetacular em relação às dívidas trabalhistas. Ele pegou o ABC na Série D. Num momento de crise, que era a Série D, conseguiu dois acessos seguidos: da Série D para a C e da C para a B. Houve, infelizmente, a queda para a Série C, mas isso não impediu de Bira continuar com um bom trabalho na área administrativa e financeira. Bira, pensando na estabilidade do clube a médio e longo prazo, priorizou a quitação dos débitos trabalhistas e tentou chegar o mais próximo de zerar. Em paralelo, ele montou uma equipe de acordo com o orçamento. Ele teve erros, mas ele não quis errar. Eu digo que ele fez um time querendo acertar e dar bons resultados ao nosso clube. Porém, infelizmente, houve problemas dentro de campo. Nesse paralelo, apesar dos problemas que surgiram dentro de campo ao longo da temporada, internamente o ABC está financeiramente mais equilibrado. Com esse trabalho administrativo e financeiro que Bira fez, hoje é possível montar um elenco muito mais competitivo. É claro que falo de um time competitivo, mas sem deixar de lado a necessidade de deixar as receitas do Mais Querido equilibradas. Precisamos e iremos contratar com responsabilidade. Assim teremos um time competitivo para a Copa do Nordeste, a Copa do Brasil e o Campeonato Brasileiro, sempre de acordo com a realidade do ABC. Dessa forma, queremos que, no final da próxima temporada, o ABC esteja garantido na Série B de 2026.

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