O cavalo que ficou ilhado em um telhado na cidade de Canoas, no Rio Grande do Sul, foi resgatada nesta quinta-feira (09) em uma operação conjunta do Exército e do Corpo de Bombeiros. Veterinários acompanharam todo o processo, que exigiu o uso de um bote após a sedação do animal.
A situação do cavalo comoveu as redes sociais após imagens feitas pela Rede Globo mostrarem o animal preso no telhado de uma casa durante as enchentes na região na quarta-feira (8). O cavalo foi apelidado carinhosamente de “caramelo”.
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O prefeito de Canoas, Jairo Jorge (PSD), explicou que o resgate demandou o uso de um helicóptero devido ao peso do animal, que normalmente tem entre 500kg e 600kg. Ele destacou a devastação causada pelas chuvas na cidade, com perdas significativas em infraestrutura e serviços essenciais.
A médica veterinária Carla Sássi trabalha como voluntária do GRAD nas operações de resgaste de animais no Rio Grande do Sul. Nas redes sociais, ela conta que se deparou com um outro cavalo ilhado na mesma cidade em que Caramelo foi resgatada. O animal estava preso nas águas havia quatro dias e chegou a ser medicado e alimentado antes que o resgate pudesse ser feito.
“Para retirar esse animal daqui, seria somente de aeronave porque estamos longe de qualquer ponto que ele poderia ir nadando. Infelizmente, pela água, a gente não consegue tirar esse animal daqui. A gente precisaria de uma aeronave que suporte até 500 quilos e que tenha uma rede que suporte também esse peso”, contou. O animal foi resgatado algumas horas depois.
A ativista e defensora dos animais Luisa Mell participou do resgate e relata, nas redes sociais, a dificuldade para ajudar animais atingidos pelas enchentes. Os desafios vão desde bichos ainda acorrentados aos portões das casas onde moravam a janelas trancadas que precisam ser arrombadas para que os voluntários possam fazer o resgate.
Em alguns casos, é preciso que o próprio tutor entre no bote e participe da operação, numa tentativa de manter a calma do animal e a segurança dos voluntários. Um cão da raça border collie e outro da raça pitbull foram resgatados pela ativista dessa forma. No retorno para o abrigo, a equipe avistou mais dois cachorros, um deles ilhado sobre uma pilha de tijolos.
“É tudo muito, muito, muito difícil. E a gente ainda tem que, depois, se unir pra conseguir donos pra esses animais resgatados. A gente tem que encontrar os tutores desses animais e, para os que não forem adotados, a gente tem que conseguir lares temporários, adoção”, disse Luisa.
As chuvas no Rio Grande do Sul resultaram em 107 mortes no estado e deixaram 130 pessoas desaparecidas até o momento. Canoas foi uma das cidades mais afetadas, registrando quatro mortes e enormes danos materiais, incluindo a destruição de unidades de saúde, escolas e centros esportivos.
O mais recente boletim da Defesa Civil do Rio Grande do Sul indica que há um óbito sendo investigado, além de 136 pessoas desaparecidas e 374 feridas. Mais de 232 mil pessoas estão desabrigadas ou desalojadas, destacando a gravidade da situação causada pelas fortes chuvas na região.
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