Muitas teorias existem sobre o porquê dessa tecnologia não vingar, desde o incômodo da utilização do hardware, pesado, cheio de fios e acessórios, passando pelo alto valor do mesmo e a pouca utilidade no mundo real para realizar tarefas rotineiras ou inovadoras
Publicado 20 de novembro de 2023 às 16:00
A indústria tecnológica vem tentando há algum tempo criar uma interface que seja tão inovadora e disruptiva quanto foram o invento da televisão ou o PC, para citar alguns. Até agora, todas têm fracassado nessa missão de se tornarem tão populares que todo mundo as adote como padrão, e não passam de um entretenimento que tem uma curva de interesse bem curta por parte de seus usuários.
E isso não é tão novo como você pensa. Nos anos sessenta, um engenheiro americano criou o Sensorama (*veja nas notas no final o que diabos foi isso*); a *gambiarra* nem chegou a entrar no mercado. Até o momento em que estou escrevendo estas linhas, a última é o Spacetop (*daqui a pouco falamos nele*).
Muitas teorias existem sobre o porquê dessa tecnologia não vingar, desde o incômodo da utilização do hardware, pesado, cheio de fios e acessórios, passando pelo alto valor do mesmo e a pouca utilidade no mundo real para realizar tarefas rotineiras ou inovadoras.
A última grande aposta foi a do antigo Facebook, que mudou o nome para Meta, apostando muito forte que num futuro próximo, a forma padrão de interagir com o software seria por meio de interfaces de VR (realidade virtual). O que até agora tem estado tão longe de se tornar um padrão quanto o preço do hardware de VR se tornar acessível para o comum das pessoas.
O Apple Vision Pro mais ou menos R$ 17.500,00 o que faz parecer o nada barato Meta Quest 3 uma bagatela de R$ 5.500,00.
Em 2016, com o lançamento dos Oculos Rift, ressurgiu da ideia de um mundo de fantasia portátil utilizando os olhos como porta de entrada, alguns “visionários” como Zuckerberg ficaram fascinados com esta interfase e apostaram forte no domínio do Metaverso. Nessa época, os players da indústria vaticinavam movimentações na casa dos 150 bilhões anuais para o segmento. A realidade é que entre 2014 e 2020, a indústria do VR movimentou 60 bilhões de dólares no mundo todo, bem abaixo das expectativas, porém ainda alentador.
Em 2021, o Facebook fez um *“all in”,* mudou o nome para Meta, lançou seus próprios óculos e um mundo próprio chamado Horizon, chegou ao mercado com expectativas de valor na casa dos trilhões e em pouco tempo a coisa já começou a desandar quando os usuários confirmaram que a versão lançada era bem menos do que a prometida.
Só dois anos se passaram e o Metaverso do tio Zuck não decola, faz coisa de dois meses como tentativa de popularizar a interfase, lançaram a versão mobile do Horizon, desta vez foi sem pompa.
Mas não deixe de ler agora, pois o Metaverso é muito mais do que Horizon, na verdade com toda a força de mídia que Facebook tem ele se apropriou de um termo que já existia bem antes e provavelmente existirá depois. Existem outras plataformas de Metaverso, porém fazendo o caminho inverso que o Meta fez, eles primeiro se desenvolveram na web tradicional e agora estão no caminho de lançar experiências imersivas no 3D, estou falando das plataformas de metaverso baseadas em blockchain como Decentralnd e The Sandbox *(links ao final).*
De todas formas, todas elas acabam sendo muito mais ambientes de jogos que utilidades para a vida real, e eu pessoalmente acho que este é o grande entrave para saírem dessa área restrita e se transformar num padrão, ao menos com o hardware existente atualmente.
Sem tanta promessa de mudar o mundo, a startup israelense Sightful lançou uma proposta que se bem não é inovadora, aparece com preços atraentes para se tornar um padrão, *(sempre que conseguirem entregar o que prometem, né).*
O Spacetop é um notebook que no lugar de vir com uma tela, vem com uns óculos que projetam na frente do usuário uma tela curva que permite interagir com o software. O sistema operativo é nativo, mas tem suporte ao Google Workspace o Microsoft 365 por exemplo.
Sem muito invento nem aparelhos extras e com o tamanho de um tablet que cabe na sua mochila, diferentemente de outros produtos de AR, com o Spacetop não será preciso aprender gestos e controles complexos.
Se encontra a pré-venda por uns *dez mil contos de rei*, se a engenhoca funcionar, os grandes vão se encarregar de baixar o preço e leva-lo para outras plataformas.
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Eu sou aluno do curso de administração da UFRN já vai para quatro anos, quando comecei a ir para aula, procurava uma forma de tomar notas que não for o papel e a caneta, isso é bom para brincar em casa, mas para anotar e depois consultar a usabilidade daquilo é horrível, não tem busca, não consigo acessar ele de qualquer lugar, não é fácil de corrigir, não é possível adicionar links para coisas interessantes e não é fácil de compartilhar com ninguém, então definitivamente o papel e a caneta para mim são coisa do passado.
Na mesma prateleira coloco o famoso Word, a estrela dos ambientes acadêmicos, aquele troço foi criado na época que eu ainda tinha cabelo, pensado para um uso em PC, com teclado e mouse, com uma usabilidade nos tempos de hoje perto de zero. Isso de ter que estar escolhendo a formatação de cada parágrafo, título e vinhetas que vou digitar, de ter que estudar um doutorado para colocar uma imagem alinhada com o texto, em resumo de ter que me preocupar com a FORMATAÇÃO do texto no lugar do conteúdo é uma perca de tempo horrorosa.
Eu só sonho com o dia que os professores não peçam mais nada escrito nessa porcaria de Word.
E nessa pesquisa achei o Notion, todo baseado em *markdown*, ou seja você só tem 3 tamanhos de título, negrito, itálico, vinheta, citação e pronto! Não precisa se preocupar com mais nada, por se isto fosse pouco, é totalmente responsivo e WEB, assim de simples, só preciso de alguma coisa que consiga visitar o site notion.com e pronto, já posso começar a escrever.
Mas ele é muito mais que só isso, não vou me estender aqui pois para isso existe o Google né?
A recomendação foi feita, se vc for um pouco perspicaz, já está procurando algo sobre o Notion no YouTube.
“Que te sea útil!” – (que seja de utilidade para você).
O nome carro voador não é tão semanticamente correto assim para ser carro precisaria ter rodas, mas o nome popularizou e quem sou eu para ir em contra da corrente?
Genesis-X1. Trata-se de um modelo do segmento de eVTOLs (veículos elétricos de pouso e decolagem verticais), que são popularmente conhecidos como “carros voadores”.
Está sendo planejado para voos urbanos com duas pessoas (piloto e passageiro). O projeto inovador brasileiro foi apresentado recentemente na Labace 2023, um dos mais importantes eventos da aviação no país, prometendo ser uma opção acessível e silenciosa.
A empresa responsável é uma startup cearense (mais uma vez o Ceará demonstrando estar a frente dos seu vizinhos), chamada Vertical Connect.
Vai lá no Insta deles macho véi e continua fuçando: https://www.instagram.com/vertical.connect/
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O Sensorama foi uma das primeiras tentativas de se desenvolver uma tecnologia imersiva e multi-sensorial. Com uma patente registrada em agosto de 1962, Morton Heilig revelou os detalhes de um aparelho que poderia simular a experiência de um passeio de motocicleta pelas ruas do Broklyn. – Fonte: Wikypedia.*
Decentraland é um jogo de mundo virtual 3D gerenciado por uma DAO. Criado no blockchain Ethereum, ele une os jogos em uma plataforma de mundo virtual, onde é possível criar e personalizar avatares, comprar terrenos virtuais, fazer atividades e interagir com outros jogadores.*
The Sandbox é um jogo virtual que dá liberdade de criação aos seus jogadores. Na plataforma, eles podem desenvolver seus avatares, criar um mundo virtual imersivo e negociar ativos digitais na forma de tokens não fungíveis. Tudo isso é possível porque o game explora as funcionalidades da blockchain na qual se insere. Assim, os jogadores podem conduzir suas operações por meio dos smart contracts disponíveis.*
DO THE EVOLUTION – Inovação, tecnologia e humanidade.
Coluna semanal para o Novo Notícias escrita por Enrique Robledo
https://www.instagram.com/enriquerobledo
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