Divaneide Basílio – Foto: Divulgação
Natural do município de Pedro Avelino e filha de trabalhadores rurais, Divaneide Basílio se mudou para Natal aos quatro anos. Na infância e na adolescência já participava de movimentos culturais e comunitários. É mãe de Gabriela, Maria Rita (in memorian), José e Mateus. Foi a primeira pessoa da sua família a entrar em uma universidade pública federal e, em 2019, concluiu o Doutorado em Ciências Sociais na UFRN. Em 2019 assumiu o mandato de vereadora na Câmara. Para o seu segundo mandato, nas eleições de 2020, foi a mulher mais votada da cidade com 5966 votos.
Eleita deputada estadual pelo PT, Divaneide teve 52.177 e foi a mulher mais votada em Natal. Com a eleição para a Assembleia Legislativa, a cadeira de Divaneide passará a ser ocupada por Daniel Valença, que ficou na primeira suplência do partido na última eleição municipal.
Em entrevista para o NOVO Notícias, Divaneide fala dos projetos para o Legislativo estadual.
NOVO – Qual a importância dessa representação feminina na Casa?
Divaneide Basílio – Diante da sub-representação feminina na política é fundamental comemorarmos os avanços. Mas com o alerta ligado. Ainda há muito o que avançar. Somos a maior parte do eleitorado, não tem cabimento que nosso espaço não seja compatível. Os avanços que estamos conquistando são fruto de muita luta. Da organização e trabalho dos movimentos sociais e da própria sociedade para mostrar que lugar de mulher é onde ela quiser, inclusive na política. Destaco aqui, o trabalho que o meu partido, o PT, tem feito através do programa Elas por Elas para incentivo, capacitação e principalmente, apoio financeiro de candidaturas de mulheres. No RN, o resultado é claro. Dos seis mandatos que o partido conquistou no pleito deste ano, quatro foram de mulheres. O meu, o da governadora Fátima Bezerra e as reeleições da companheiras Isolda Dantas e Natália Bonavides, ambas com votações consagradoras.
NOVO – A que se deve a sua votação em Natal?
DB – São muitos fatores, mas acho que um dos principais é o trabalho que temos feito nas comunidades, na base, nas periferias. Sou uma mulher negra, filha de agricultores rurais, de periferia, fruto dos movimentos pastorais, sociais e comunitários. A minha trajetória política e social foi forjada nesses espaços.
NOVO – Qual a expectativa para o seu mandato na AL?
DB – Continuar a luta por direitos das populações mais vulneráveis, promover políticas públicas de integração campo e cidade, defender os direitos da classe trabalhadora, dar sustentação à governadora Fátima Bezerra no parlamento estadual, fazer chegar recursos e políticas públicas nos quatro cantos do Estado, mas principalmente na região metropolitana de Natal. Ser uma voz ativa dos direitos humanos. Ajudar o Rio Grande do Norte a avançar ainda mais com desenvolvimento e justiça social.
