O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flavio Dino, disse neste sábado (8), por meio das redes sociais, que tomará medidas cabíveis diante de possíveis abusos e irregularidades na conduta de agentes públicos federais na da Operação Ouvidos Moucos, que levou à prisão e motivou a morte do reitor Luiz Carlos Cancellier de Olivo, da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), em 2017.
A fala do ministro acontece após o Tribunal de Contas da União (TCU) julgar improcedente a acusação de superfaturamento feita contra a UFSC. A decisão publicada na última quinta-feira (6) determinou, ainda, o arquivamento da investigação, o que inocenta o reitor Cancellier, que faleceu em 2 de outubro de 2017, apenas 18 dias após sua prisão pela Polícia Federal.
Com base na decisão do TCU sobre as alegações contra o saudoso reitor Luiz Carlos Cancellier, da UFSC, na próxima semana irei adotar as providências cabíveis em face de possíveis abusos e irregularidades na conduta de agentes públicos federais.
— Flávio Dino 🇧🇷 (@FlavioDino) July 8, 2023
A operação tinha como objetivo investigar um suposto esquema de superfaturamento na locação de veículos pela UFSC para a execução de projetos de cursos a distância no âmbito do sistema Universidade Aberta do Brasil (UAB).
O TCU já encaminhou à reitoria da Universidade Federal de Santra Catarin comunicado informando ter julgado improcedente e arquivado a representação que envolvia o programa investigado. O informe é assinado pelo diretor da Unidade de Auditoria Especializada em Educação, Cultura, Esporte e Direitos Humanos, Leandro Santos de Brum.
Luiz Carlos Cancellier, então reitor da UFSC, foi preso pela Polícia Federal na manhã de 14 de setembro de 2017. A prisão de Cancellier foi decretada pela delegada Erika Mialik Marena. No total, 105 policiais federais foram mobilizados, resultando em sete mandados de prisão temporária e cinco de condução coercitiva.
Abalado com as acusações e o impacto em sua reputação, cometeu suicídio ao se jogar do último andar de um shopping em Florianópolis. A morte do reitor gerou comoção e levantou questões sobre o tratamento dado aos investigados nessas operações de grande repercussão.
Após a morte de Cancellier, a delegada Erika Mialik Marena foi transferida para Sergipe.
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