Nesta próxima terça-feira, 13 de junho, é celebrado o Dia de Santo Antônio em todo o país. Alguns potiguares que tem histórias de vida movidas pela fé conversaram com o NOVO Notícias sobre a devoção ao santo. Santo Antônio é uma das figuras religiosas mais populares do Brasil por conta da fama de “Santo casamenteiro”.
Na Paróquia Santo Antônio, no bairro Cohabinal, em Parnamirim, na Grande Natal, a comunidade já está se preparando para celebrar a festa do padroeiro. O trezenário, que teve início no dia 31 de maio, segue até 12 de junho, sempre às 19h. O trezenário são as orações que se fazem em louvor a Santo Antônio nos treze dias antecedentes à sua festa. Esta devoção é muito antiga: teve origem em Bolonha, na Itália, no ano de 1617.
Em Parnamirim, durante a trezena, a Igreja realiza uma quermesse, sempre após às missas, com barraquinhas de comidas e bebidas, bazar e música. Para Daguia Araújo, aposentada, de 65 anos, devota e integrante da comunidade na Grande Natal, o santo é uma verdadeira fonte de inspiração. “Ele viveu como Jesus pede a nós que vivamos. Com humildade, amando uns aos outros irmãos, e claro, pregando o bem sempre, com a luz do evangelho”, disse Daguia.
Na paróquia, é comum ter o pãozinho de Santo Antônio abençoado e distribuído nas missas. O pão é um símbolo bem forte do santo e carrega o significado de fartura e o desejo de que nunca falte comida à mesa.
Para Lucimar Alves, paroquiana de Parnamirim e Ministra da Eucaristia em celebrações católicas, a principal devoção dos fiéis pode ser atribuída ao sinal de devoção a Jesus Cristo de Santo Antônio, simbolizado na criança que está nos seus braços. “Santo Antônio atraía as pessoas ao pregar e viver Jesus Cristo, não apenas com palavras, mas através de sua própria vida”, comentou a Ministra.
Tradição familiar passada de geração em geração
Santo Antônio, o santo padroeiro dos pobres e dos casamentos, tem uma presença marcante na vida da jornalista Claudia Angélica e de sua família. Desde os tempos de seus avós, a devoção a Santo Antônio tem sido transmitida e cultivada com fervor, tornando-se um legado sagrado que atravessa as gerações.
A avó materna de Claudia era uma fervorosa devota de Santo Antônio, e essa devoção foi acolhida e mantida viva por sua tia mais nova, que assumiu o papel de liderança na devoção à figura do santo. Atualmente, essa tia é a pessoa mais devota de Santo Antônio em sua família, liderando as trezenas na igreja e participando ativamente das celebrações religiosas em honra ao santo. Sua devoção contagiou os outros membros da família, incluindo os irmãos de Claudia e, agora, até mesmo os filhos e bisnetos.
Tamanho é o vínculo com Santo Antônio que Claudia decidiu honrar o santo ao dar o nome de Antônio ao seu filho mais novo. Essa tradição de nomear crianças em homenagem a Santo Antônio é algo comum em muitas famílias brasileiras, evidenciando a influência duradoura desse santo na cultura popular.
No entanto, é importante destacar que a devoção de Claudia a Santo Antônio vai além da ideia popular do santo casamenteiro. Para ela, “Santo Antônio é um espírito poderoso e influente junto a Jesus, uma figura capaz de interceder em diversas situações”. Claudia não recorre a simpatias ou rituais, mas sim à oração como forma de se conectar com o santo. Ela acredita firmemente no poder da oração e considera a ideia de recorrer a simpatias como uma banalização do tempo sagrado de Santo Antônio.
Uma das características marcantes de Santo Antônio é seu compromisso com os pobres e necessitados. Claudia destaca que sua família segue esse exemplo e se engaja em ações de doação e auxílio aos menos favorecidos. Essa atitude encontra eco na vida do santo, que dedicou sua existência a ajudar os pobres e se tornou um ícone da caridade. Em sua casa, eles têm o costume de reservar um dia do mês para realizar essas ações em nome de Santo Antônio, seguindo seus ensinamentos e valores.
A influência de Santo Antônio na vida de Claudia e de sua família é tão profunda que ela se dedica a estudar a vida do santo e trazer seus exemplos para a vivência cotidiana. Livros e relatos sobre Santo Antônio são compartilhados, mantendo viva a memória e o legado desse santo tão amado por sua família. Claudia ressalta que não são apenas seus filhos que seguem essa tradição, mas também seus primos, como seu primo Fernando Antônio, que recebeu o nome em homenagem ao santo em seu batismo.
A história de Claudia Angélica e sua família é um exemplo tocante de devoção e fé que atravessa as gerações. A devoção a Santo Antônio é celebrada não apenas com palavras, mas também com ações de solidariedade e caridade em honra ao santo padroeiro dos pobres. O legado deixado por Santo Antônio continua vivo na vida dessas pessoas, inspirando-as a seguir seus ensinamentos e a manter viva a chama da devoção.
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