Política

Declaração de Lewandowski acirra ainda mais os ânimos de políticos

Girão diz que o “mecanismo não suporta o governo” e Natália Bonavides alerta para o “risco real do autoritarismo”

por: NOVO Notícias

Publicado 30 de agosto de 2021 às 15:00

 

Jair Bolsonaro pega violão como arma - Foto: Alan Santos/PR

Jair Bolsonaro pega violão como arma – Foto: Alan Santos/PR

As manifestações marcadas para o próximo dia 7 de setembro, convocadas pelo presidente Jair Bolsonaro em apoio ao seu governo, já estão repercutindo nos corredores do Supremo Tribunal Federal (STF), e uma declaração do ministro Ricardo Lewandowski coloca ainda mais lenha na fogueira. Segundo o magistrado, Bolsonaro pode incorrer em uma série de crimes inafiançáveis e imprescritíveis, caso o presidente esteja presente nas manifestações e estas se configurem uma tentativa de golpe de Estado.

“No Brasil, como reação ao regime autoritário instalado no passado ainda próximo, a Constituição de 1988 estabeleceu, no capítulo relativo aos direitos e garantias fundamentais, que ‘constitui crime inafiançável e imprescritível a ação de grupos armados, civis e militares, contra a ordem constitucional e o Estado democrático'”, diz o ministro Ricardo Lewandowski.

Natália Bonavides e General Girão Monteiro

Natália Bonavides e General Girão Monteiro – Fotos: Pablo Valadares/Câmara dos Deputados e Leandro Cezimbra

A deputada Natália Bonavides (PT) comentou o chamamento de Bolsonaro ao ato pró-governo. Para ela, “Bolsonaro é um inimigo da democracia”, e relembra que essa não é a primeira vez que o chefe do executivo convoca “manifestações de caráter antidemocráticos”.

“Ele já deveria ter sido punido por essas ações. Precisamos enfrentar essas ameaças, pois os riscos do autoritarismo são reais. Ele sabe que o povo irá derrotá-lo nas ruas e nas urnas”, diz Natália.

Nas redes sociais, o deputado federal General Girão fez uma publicação convocando manifestantes bolsonaristas para o ato do dia 7 de setembro, e garante que o presidente Jair Bolsonaro não está só na “luta”.

“O mecanismo não suporta uma gestão compromissada com a verdade”, diz Girão.

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