De um famoso jurista potiguar à coluna, sobre o ato de Bolsonaro na Paulista, neste domingo:
”A decretação de prisão preventiva do ex-presidente Jair Bolsonaro é devida. Um cidadão que figura num inquérito policial como investigado foi intimado pelo delegado competente para depor, mas optou por permanecer em silêncio, ao argumento de que não conhecia os detalhes das acusações que pesam contra si. Esse investigado, personalidade importante no seu país, convoca toda a população para comparecer a evento público com o fim claro de prestigiá-lo, como uma represália à determinação do juiz que ordenou a instauração do procedimento investigativo. Já indica, previamente, quais os amigos que usarão da palavra em seu favor durante a realização do evento, à frente da plateia. Um dos discursantes faz ameaças se alguma autoridade judicial decretar sua prisão, destacando críticas e consequências se tal vier a ocorrer.
Depois, ele próprio se pronuncia e aproveita o espaço para rechaçar as acusações que lhe são movidas, sob os aplausos efusivos de toda a multidão presente. Acusações sobre as quais se negou a falar ao delegado ao argumento de não ter detalhes sobre o conteúdo. Para seu público soube falar. Não faltaram os detalhes. E assim foi. A hipótese restou muito clara para a obrigatoriedade de decretação de uma prisão preventiva à luz do que está prescrito no teor do art. 312 do Código de Processo Penal, na parte em que se reporta à garantia da ordem pública. Isto porque um investigado convoca a população para um evento, escolhe os oradores, faz uma divulgação de alcance nacional e aproveita o momento de ‘glória’ para se defender, julgando-se perseguido, e um dos seus oradores fazendo ameaças caso aconteça sua prisão. Foi claramente ferida a garantia da ordem pública, pois desses dois pronunciamentos ficou muito estampada a ameaça de que, se tal acontecer, as consequências de uma revolta gravíssima estão visíveis. E o que orador que falou tem ligação umbilical com a responsabilidade do investigado, pois foi este quem organizou o evento, fez sua divulgação e escalou seus defensores”.
Burrice na Paulista
Lembrando que a burrice bolsonarista nunca decepciona: o líder maior da estupidez (Bolsonaro) admitiu a minuta do golpe – pausa para risos – durante o discurso de ontem. E o choro teatral – e sem lágrimas – da esposa (?) no palanque, hein? Atriz da Globo, como se diz. Só engana os cegos fãs dos criminosos.
Cinismo em palanque
Bolsonaro também mentiu ao dizer que golpe só ocorre com tanques nas ruas. Aliás, a nova Lei no Código Penal, sancionada pelo próprio em 2021, criminaliza a “tentativa de golpe” do jeitinho que o líder da estupidez fez em 2022.
Histórico do golpista
Bolsonaro também omitiu descaradamente fatos incontestáveis de sua vida pública. Um breve resumo do que ele fez questão de não dizer: planejou explodir bombas em quartéis do RJ, foi preso por isso e quase expulso das Forças Armadas; exaltou o torturador da Ditadura Brilhante Ustra no Plenário da Câmara; fez falas homofóbicas, misóginas e preconceituosas enquanto deputado federal; na campanha de 2018 disse que iria “metralhar” adversários; já presidente foi responsável direto pela morte de mais de 700 mil brasileiros na pandemia e, em um palanque como o de ontem, xingou ministros do STF e disse que não cumpriria decisões judiciais… Pesquisando tem mais, muito mais!
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