Governismo
O senador Styvenson Valentim está mais próximo do Governo Lula do que muitos bolsonaristas pensam. É o que mostram números apresentados pelo portal Congresso em Foco, no que diz respeito ao espectro político identificado nas votações de cada parlamentar no Senado e na Câmara dos Deputados. E apesar de bradar contra as pautas da esquerda, de criticar o atual comando do Brasil e de ter se alinhado mais fortemente ao bolsonarismo nos últimos tempos, vide a aliança local com o presidente do PL no RN, Rogério Marinho, Styvenson vota a favor em 60% dos projetos governistas. Dessa forma, segundo relatório do Congresso em Foco, na prática Styvenson Valentim faz parte dos 74% dos senadores que estão em “alinhamento com o Governo”.
Em Plenário
Mas ele não está sozinho nesse grupo, que fica bem ao meio, entre os que votam quase ou 100% com o Governo Lula e os que votam em apenas 25% das pautas situacionistas no Congresso. Rogério Marinho, o líder da oposição no Senado, também está na mesma zona que a de Styvenson. Segundo o gráfico do Congresso em Foco, Rogério vota 53% com o governismo. Quem ainda faz parte desse grupo é o senador Sérgio Moro (53%) e – pasme – o filho senador do ex-presidente, Flávio Bolsonaro. Ele vota 52% com o Governo. Quem diria…
Isolados
Isso mostra que Rogério e Styvenson não se encaixam no espectro mais radical no que diz respeito às votações no Senado contra o Governo do PT. Neste setor estão apenas quato parlamentares dentre os 81 da Casa: Jorge Seif (PL/SC), Marcos do Val (Pode/ES), Jaime Bagattoli (PL/RO) e Hamilton Mourão (Rep/RS).
Expectativa
O Tribunal Superior Eleitoral (TSE), hoje presidido pelo ministro Alexandre de Moraes, vai realizar a eleição para escolher o novo chefe da Corte no dia 7 de maio. A atual vice-presidente, ministra Cármen Lúcia, deve assumir o cargo. O novo presidente do tribunal será o responsável pela condução das eleições de outubro. Detalhe: o fim do mandato de Moraes no TSE também abrirá vaga para o ministro André Mendonça. E já tem gente fazendo cálculos de que haverá rearranjo de forças no plenário daquela Corte.
Patético
Este domingo vai entrar para a história como o dia em que golpistas foram às ruas pedir “liberdade de expressão”. Tem coisa mais lunática do que acreditar que está em uma ditadura enquanto se manifesta livremente nas ruas contra o atual Governo e contra o STF? Chamar um ministro do Supremo de “ditador” em cima de um palanque político dizendo que não tem liberdade de expressão? É tão contraditório que chega a ser ridículo. É uma completa patacoada!
Patriotismo entreguista
Aliás, é inacreditável o quanto esse pessoal não é nada patriota. Na verdade, eles são o inverso disso. É sempre bom relembrar a cena constrangedora do viralatismo de Bolsonaro batendo continência para a bandeira americana. Agora, ele e a sua fanática orda idolatram um estrangeiro que mente, agride a soberania do Brasil e não liga para ditadura ou liberdade de expressão em canto nenhum do mundo (só no mundo dos bolsonaristas mesmo).
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