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Dalai Lama pede desculpas após vídeo pedindo para criança “chupar” sua língua viralizar

Gravação repercutiu negativamente e provocou protestos nas redes sociais; episódio aconteceu em fevereiro, durante evento na Índia

por: NOVO Notícias

Publicado 10 de abril de 2023 às 09:03

Dalai Lama pede desculpas após vídeo pedindo para criança “chupar” sua língua viralizar – Foto: Reprodução/Redes sociais

O chefe de estado e líder espiritual do Tibete, Dalai Lama, pediu desculpas após um vídeo que mostra ele beijando uma criança na boca e depois pedindo para ela “chupar” sua língua repercutir negativamente nas redes sociais. O caso aconteceu durante em um evento na cidade de Dharamshala, no Norte da Índia, em fevereiro deste ano.

Na gravação, é possível ver o menino se aproximando do ganhador do Nobel da Paz e perguntando: “Posso te abraçar?”. O líder espiritual de 87 anos, então, convida o menino para subir no palco, aponta para sua bochecha e diz: “primeiro aqui”, levando o menino a lhe dar um abraço e um beijo. Na sequência, ele aponta para os lábios e diz: “então acho que, finalmente, aqui também”, e então puxa o queixo do menino e o beija na boca. Depois de alguns segundos, a figura budista viva mais conhecida do mundo colocou a língua pra fora e completou: “E chupe minha língua”.

O pedido de desculpas foi feito por meio do escritório de Dalai Lama nesta segunda-feira (10). No comunicado, ele disse que “deseja se desculpar com o menino e sua família, bem como com seus muitos amigos em todo o mundo, pela dor que suas palavras podem ter causado”, acrescentando que “lamenta” o incidente ocorrido.

“Sua Santidade costuma provocar as pessoas que conhece de maneira inocente e divertida, mesmo em público e diante das câmeras”, continuou o documento.

Após o episódio, o Haq: Center for Child Rights, grupo de direitos da criança com sede em Nova Deli, disse que condena “toda forma de abuso infantil”. “Algumas notícias se referem à cultura tibetana sobre mostrar a língua, mas este vídeo certamente não é sobre nenhuma expressão cultural e, mesmo que seja, tais expressões culturais não são aceitáveis”, afirmou.

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