Uma nova prática de golpes contra idosos, especialmente os financeiramente vulneráveis, foi identificado envolvendo o Benefício de Prestação Continuada (BPC/Loas). O Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) alertou que os golpistas estão enviando mensagens via SMS ou WhatsApp, alegando que as vítimas têm direito ao benefício, mas cobrando até R$ 400 para a liberação dos valores.
O BPC, que equivale a um salário mínimo (R$ 1.412), é pago mensalmente pelo INSS as pessoas com deficiência e idosos a partir de 65 anos em situação de vulnerabilidade social.
Para ter direito ao benefício, é necessário comprovar renda familiar per capita de até R$ 353 por mês e estar inscrito no Cadastro Único de Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico).
O benefício para idosos de baixa renda é concedido administrativamente, ou seja, basta que a pessoa esteja inscrita no CadÚnico e tenha 65 anos ou mais.
O golpe foi descoberto quando um idoso foi à agência do INSS de Goytacazes, no Rio Janeiro, e informou que havia recebido mensagens sobre a liberação do BPC. Pelo cadastro do segurado no CNIS, o INSS identificou dados de terceiros, todos desconhecidos do idoso. O caso foi encaminhado à Polícia Federal.
Com os dados do idoso em mãos, o grupo criminoso consegue cadastrar outras pessoas como procuradores e, assim, receber a renda de quem esperava pelo benefício ou ainda fazer um pedido ao INSS e ter a concessão, caso a vítima tenha direito.
Na mensagem enviada ao segurado, o intermediário marcava dia, hora e local para o recebimento do benefício. O texto dos golpistas começava assim: “Prezado (a) FULANO DE TAL, tudo bem? Sou SICRANO representante do financeiro da NOME DA EMPRESA. O seu benefício está liberado para recebimento no dia (02.07.2024 às 09:30)”. Logo depois, os criminosos enviavam uma lista com os “documentos necessários” e o endereço de um banco.
Para evitar ser vítima de golpes, é importante que os beneficiários fiquem atentos às comunicações oficiais do INSS e nunca paguem qualquer valor para a liberação de benefícios. Em caso de suspeita, devem procurar imediatamente uma agência do INSS ou a Polícia Federal.
Como se proteger do golpe?
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