O Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Rio Grande do Norte (CREA-RN) analisou na manhã desta quinta-feira (23) a Ponte de Igapó, na Zona Norte de Natal, que foi alvo de uma explosão criminosa no início da semana. Após o Instituto Técnico-Científico de Perícia do Rio Grande do Norte (Itep) afirmar ontem que não houve danos causados pelo ataque, o CREA-RN aponta que as avarias encontradas são decorrentes de uma explosão.
Segundo a presidente do CREA-RN, Ana Adalgisa Paulino, o dano encontrado na estrutura é decorrente da explosão ocorrida na terça-feira (21) e não de problemas na reforma em andamento. O trecho avaliado já está interditado desde o início do mês para as obras de reestruturação da Avenida Felizardo Moura.
Durante a visita de engenheiros ao local, foram encontrados indícios que apontam para estragos causados por material explosivo. De acordo com a análise preliminar dos fiscais do CREA-RN, o trecho em questão deve permanecer interditado até que haja uma obra de recuperação.
O CREA-RN deve enviar um relatório ao Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) para solicitar a intervenção imediata na área devido aos danos causados.
Procurado pelo NOVO notícias, o DNIT ainda não se pronunciou acerca dos danos estruturais da Ponte de Igapó.
Análise do ITEP
A explosão que aconteceu na terça-feira (21), em uma das bases da Ponte de Igapó, não foi responsável pelas rachaduras divulgadas por perícia realizada pelo Instituto Técnico-Científico de Perícia (ITEP) e por técnicos do -Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), confirme explica Marcos Brandão, diretor geral do ITEP.
De acordo com o gestor, o tipo de explosivo, fabricado com pólvora prensada, usado pelos criminosos na terça-feira, não tem potencial para causar danos à estrutura da ponte, e as fraturas observadas em fotos e vídeos que circulam nas redes sociais e na mídia desde a noite de ontem, são decorrentes de um processo de degradação estrutural.
“Considerando que o artefato era composto por pólvora prensada, e a pólvora que tem um baixo poder de detonação, consequentemente não tinha potencial, não tinha condições de abalar a estrutura da ponte. Agora, no momento da realização da perícia foi vista uma fratura em uma das vigas da ponte. Aquela fratura não se correlaciona com a explosão do artefato ontem. Ela é em decorrência de um processo de degradação estrutural da ponte e cabe ao DNIT fazer a avaliação daquela fratura”, explica Marcos Brandão, diretor geral do Itep.
Explosão causou interdição temporária da ponte
A detonação do artefato aconteceu por volta das 17h30 desta terça-feira, horário de intensa movimentação sobre a ponte que atravessa o Rio Potengi e é o principal equipamento de ligação entre a Zona Norte e as demais regiões de Natal. Alguns minutos depois do ato criminoso, a Polícia Rodoviária Federal e o Esquadrão Anti-Bombas do Batalhão de Operações Policiais Especiais (BOPE) chegaram ao local e precisaram fazer o fechamento da ponte por alguns instantes, até que a equipe técnica constatasse a inexistência de outros artefatos, bem como que era seguro manter o tráfego de veículos.
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