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Conheça Ary Borges, autora de 3 gols na estreia do Brasil na Copa

Jogadora foi o grande destaque da goleada sobre o Panamá por 4 a 0, com três gols e uma assistência, e não escondeu a surpresa pela performance de alto nível na cidade de Adelaide, na Austrália.

por: NOVO Notícias

Publicado 24 de julho de 2023 às 17:34

Ary Borges demonstrou toda surpresa pelo grande desempenho. Foto: Thaís Magalhães/CBF

Ary Borges demonstrou toda surpresa pelo grande desempenho. Foto: Thaís Magalhães/CBF

Com Marta no banco de reservas durante a maior parte do jogo, a seleção brasileira ganhou uma nova heroína nesta segunda-feira, na estreia na Copa do Mundo. Ary Borges foi o grande destaque da goleada sobre o Panamá por 4 a 0, com três gols e uma assistência, e não escondeu a surpresa pela performance de alto nível na cidade de Adelaide, na Austrália.

“Nunca imaginei que poderia ter sido da forma que foi”, disse a meio-campista, em entrevista à TV Globo. “Realmente, nem nos meus melhores sonhos… Esperei muito por este momento. É um sonho poder estar aqui, jogar uma Copa do Mundo. É um dos melhores dias da minha vida. Estou muito feliz pelos três gols, mas o principal é pela estreia mesmo. Foi uma bela partida que fizemos, nos impusemos em campo. Nada melhor do que começar a Copa com os três pontos, que são muito importantes.”

Ary demonstrou toda sua surpresa pelo grande desempenho ao comemorar o primeiro gol. Emocionada, caiu na grama para celebrar entre lágrimas. “Foi muita emoção, de lembrar tudo o que fiz para poder estar aqui. Hoje foi um dia que teve um misto de sentimentos. Eu chorei, eu fiquei ansiosa para começar o jogo Lembrei da minha família, de onde eu vim…”, comentou a jogadora, emocionada novamente.

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Ao balançar as redes por três vezes, a maranhense de 23 anos entrou para um restrito grupo de jogadoras que marcaram este número de gols numa estreia de Copa pelo Brasil. Esta lista conta com Pretinha e Sissi (1999) e Cristiane (2019).

“É uma honra participar desse seleto time da seleção brasileira e hoje eu tive a honra de jogar com a maior de todas”, comentou Ary Borges, em referência a Marta, que entrou em campo em seu lugar. “Ela é uma líder que representa o sonho de cada uma de nós. É mais uma história que eu vou poder contar pelo resto da minha vida.”

Apesar da goleada, a meio-campista manteve a cautela. “A Ary hoje está muito realizada, mas sabe que é só o primeiro passo de um caminho muito longo”, disse a jogadora, falando sobre si mesma na terceira pessoa.

A meio-campista atua pelo Racing Louisville, dos Estados Unidos, e se tornou um dos pilares do time de Pia Sundhage nos últimos anos. Este é o primeiro Mundial da jogadora, que já conta com 28 atuações pela seleção.

Ary é Ariadina Alves Borges e ficou conhecida no cenário nacional ao ser campeã brasileira da Série A2 pelo São Paulo. Após boa temporada, foi contratada pelo Palmeiras, onde conquistou a Copa Paulista e a Copa Libertadores, fazendo gol na final da competição intercontinental.

Ela não sonhava em ser jogadora de futebol até os dez anos. Criada pela avó, ela se mudou para São Paulo ainda na juventude e, por incentivo do pai, começou a praticar o esporte e chegou ao Centro Olímpico, clube que a formou como atleta. Ela pegou gosto pelo futebol e não parou mais.

De acordo com a meio-campista, sua família foi importante no processo para transformá-la em uma atleta profissional. Ary conta que sempre foi apoiada por tios e primos, que a protegiam com unhas e dentes, e que o pai sempre adorou o fato de ela jogar bola.

De personalidade forte e sem papas na língua, Ary Borges é uma das lideranças do elenco da seleção brasileira e faz questão de se posicionar nos mais diversos assuntos. Ela, por exemplo, já afirmou que não sabe se apoiará a candidatura brasileira a ser sede do Mundial de 2027 e criticou publicamente a contratação de Cuca pelo Corinthians.

A jogadora também é conhecida por sua alegria. Após o choro de emoção com o primeiro gol marcado, Ary fez questão de se levantar e, ao lado de Kerolin, fez uma dancinha em homenagem à Marta. Ela é uma das “dançarinas” da seleção, sempre alegre no grupo.

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