A contagem regressiva já começou. Falta menos de um ano para a Copa do Mundo do Catar, que começará em novembro de 2022. A principal competição entre seleções do planeta se aproxima e o amante do futebol-arte torce os dedos para não perder mais estrelas ofensivas para aplaudir nos campos do mundo árabe. Homem-gols como o bósnio Dzeko, o norueguês Haaland e o gabonês Aubameyang já estão fora oficialmente da competição e atletas do quilate de Cristiano Ronaldo, Lewandowski, Ibrahimovic, Immobile, Gareth Bale, Schick, Luis Suárez, Mohamed Salah e Sadio Mané correm risco de serem ausência. Assim como teremos apenas Itália ou Portugal.
Com repescagem da Europa sorteada para o início do próximo ano (24 e 29 de março), já é sabido que a tetracampeã mundial Itália ou Portugal ficará pelo caminho. As duas últimas campeãs da Eurocopa estão na mesma chave e se enfrentariam em possível decisão pela única vaga do Grupo C. Isso caso passem por Macedônia do Norte e Turquia, respectivamente.
Seria o segundo ano seguido de ausência dos atuais campeões europeus, para desespero de Immobile. O dono do prêmio “chuteira de ouro” da temporada passada do futebol italiano, com 36 gols pela Lazio, sonha em jogar uma Copa como titular pelo País após ficar na reserva em 2014, no Brasil.
“Precisamos do máximo de tranquilidade até março. Vamos recuperar as forças e nos classificaremos para a Copa do Mundo, estou confiante”, crava Roberto Mancini, comandante do esquadrão italiano que ergueu a taça da Euro no meio do ano desbancando a anfitriã Inglaterra na decisão em Wembley.
Com o argentino Messi e o brasileiro Neymar garantidos, uma grande ausência no Catar seria de Cristiano Ronaldo. O astro português nada pôde fazer na virada por 2 a 1 que garantiria a vaga direta e agora promete fazer de tudo na repescagem para disputar possivelmente sua última Copa.
“O futebol já nos mostrou muitas vezes que são os caminhos mais sinuosos que nos levam aos desfechos mais desejados. O resultado foi duro (perder a vaga direta para a Sérvia), mas não o suficiente para nos abater. O objetivo de marcar presença no Mundial 2022 continua bem vivo e sabemos o que temos de fazer para lá chegar. Sem desculpas. Portugal rumo ao Catar”, mostra confiança o astro do Manchester United.
Fazendo mais uma temporada incrível, de muitas bolas nas redes adversárias, o polonês Lewandowski pode fazer um mata-mata de goleadores com o sueco Ibrahimovic, no Grupo B da repescagem. A Polônia leva pequeno favoritismo contra a Rússia, enquanto a Suécia chega como incógnita diante da República Checa de Schick, destaque na Eurocopa. Passando das semifinais, teríamos um embate de camisas 9. Um ficará pelo caminho.
O jogador do Bayern de Munique quer se redimir da vexatória campanha da Polônia no Mundial de 2018, na Rússia, no qual não fez nenhum gol em queda precoce da seleção.
Outro grande nome do futebol europeu na repescagem é o galês Gareth Bale. O atacante que faz história no Real Madrid gostaria de se despedir dos gramados disputando mais uma Copa e, para isso, terá de ser decisivo contra a Áustria, na repescagem, e depois diante do vencedor de Escócia e Ucrânia.
“Seria incrível jogar a Copa do Mundo, meu sonho. Temos que dar tudo pelo nosso país, pois esta pode ser a última vez que a nossa geração tem a oportunidade de garantir a qualificação para um Mundial. É muito importante para nós e queremos tentar aproveitar essa chance”, enfatiza o jogador de 32 anos.
Restando quatro rodadas para o término das Eliminatórias Sul-Americanas, o Uruguai é a grande decepção até o momento. Com quatro vagas diretas e uma na repescagem, a seleção celeste hoje estaria eliminada, figurando na sétima posição. Experiente astro do time, Suárez, também de 32 anos, ainda acredita na classificação e espera volta por cima do país na reta final.
“Minha meta é chegar (à Copa), mas desde que eu me sinta capaz de ajudar a seleção e não seja um estorvo”, dispara. “A vontade sempre vai existir, mas o que realmente importa é que esteja em alto nível para fazê-lo”, completa, admitindo que o rendimento dele e da seleção não é o esperado e custou até a demissão do técnico Óscar Tabárez.
Entre janeiro e fevereiro teremos a Copa Africana das Nações. Só depois Egito, Gana, Mali, Marrocos, República Democrática do Congo, Senegal, Argélia, Tunísia, Nigéria e Camarões definirão as cinco vagas do continente. Um sorteio definirá os cinco confrontos mata-matas.
Companheiros de Liverpool, o egípcio Mohammed Salah e o senegalês Sadio Mané estarão em potes distintos, o que pode colocá-los frente a frente na briga por uma vaga. O Egito, no pote 2, é quem mas corre riscos, pois terá uma das potências africanas pelo caminho. Além do Senegal, pode encarar Nigéria, Tunísia, Camarões ou Argélia.
Aubameyang poderia estar na disputa, mas a seleção do Gabão é muito fraca e ficou pelo caminho. Único africano a conquistar a Bola de Ouro, em 1995, George Weah foi um goleador nato e ídolo do Milan que não teve o prazer de disputar uma Copa do Mundo. Nem perto chegou, pois a Libéria, seu país de nascimento, também jamais contou com uma seleção em condições de brigar por uma vaga.
Assim como dificilmente Aubameyang conseguiu ou concretizará tal proeza. No caso do artilheiro do Arsenal, de 32 anos, o fato não é simplesmente por jogar pelo Gabão, mas a opção que ele fez em defender as cores do país de seu pai, François Aubame Eyang.
Aubameyang nasceu na França, é filho de uma espanhola e teve a chance de se naturalizar italiano. Abriu mão de todas as potências europeias para realizar sonho de seu François. Verá a Copa pela TV, assim como outros grandes atacantes correm o risco, o que deixaria a competição do Catar um pouco mais carente de goleadores.
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