Cotidiano

Construção civil no RN teve o maior aumento do custo no país em 2022

Rio Grande do Norte teve a maior elevação percentual no custo da construção civil do país nos últimos 12 meses, com 18,9%

por: NOVO Notícias

Publicado 20 de outubro de 2022 às 12:29

Construção civil – Foto: CNI

Dados do Sistema Nacional de Pesquisa de Custos e Índices da Construção Civil (Sinapi), produção conjunta do IBGE e da Caixa Econômica Federal, apontam que em setembro, analisando o período dos últimos doze meses, o Rio Grande do Norte teve a maior elevação percentual no custo da construção civil do país, com 18,9%, respectivamente, no custo médio por metro quadrado nos períodos em questão. Já Distrito Federal (7,94%) e Pará (6,36%) tiveram as menores variações no ano. Todos os valores referem-se a casos com desoneração da folha de pagamento de empresas do setor.

Desde abril deste ano, o estado potiguar lidera o ranking de maior aumento percentual, por m², nos custos da construção civil no acumulado do ano.
No mês de setembro, o RN teve uma elevação nos custos da construção civil de 0,83%, consideravelmente acima da média nacional, que ficou em 0,44%. Na região Nordeste, apenas o Ceará teve um aumento maior que o do RN, de 0,88%.

Em números absolutos, no mês de setembro, o custo médio total por metro quadrado da construção civil no estado potiguar (com desoneração da folha de pagamento) foi de R$ 1.533,42 (ante R$1.520,76 em agosto), abaixo do preço nacional, de R$1.669,19 (ante R$ 1.661,85 em agosto).

No ranking de menor custo médio total, o RN ocupa a quarta posição entre todos os estados (R$1.533,42), atrás de Piauí (R$1.504,45), Alagoas (R$1.471,20) e Sergipe (R$1.463,49). Na composição desse custo, a parcela referente a material foi de R$954,78, e o valor da mão de obra foi de R$578,64.

O Sistema Nacional de Pesquisa de Custos e Índices da Construção Civil (Sinapi) tem por objetivo a produção de séries mensais de custos e índices para o setor habitacional, e a produção de séries mensais de salários medianos de mão de obra e preços medianos de materiais, máquinas e equipamentos e serviços da construção para os setores de saneamento básico, infraestrutura e habitação. O Sistema é uma produção conjunta do IBGE e da Caixa Econômica Federal. As estatísticas do Sinapi são fundamentais na programação de investimentos, sobretudo para o setor público. Os preços e custos auxiliam na elaboração, análise e avaliação de orçamentos.

As principais variáveis pesquisadas pelo Sinapi são os preços dos insumos e os salários da mão de obra utilizados na construção civil. O preço adotado no Sinapi corresponde ao valor cobrado à vista para um insumo pesquisado, considerando-se os impostos IPI e ICMS, deduzidos os eventuais descontos por oferta ou promoção e sem incorporação de frete. O salário corresponde ao salário-hora bruto da categoria profissional, calculado com base no piso da empresa pesquisada, referente à jornada normal de trabalho de 44 horas semanais, totalizando 220 horas num mês. Salários contratados para execução de “serviços por empreitada” não são considerados.

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