O consórcio internacional de jornlistas investigativos nomeou o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) como “personalidade do ano” nos âmbitos de crime organizado e corrupção através do Crime and Corruption Reporting Project (OCCRP).
O órgão, que nos últimos anos ofereceu a “premiação” a líderes como o venezuelano Nicolás Maduro, o filipino Rodrigo Duterte e o russo Vladmir Putin, disse que o presidente brasileiro “se cercou de figuras corruptas, usou propaganda para promover sua agenda populista, minou o sistema de justiça e travou uma guerra destrutiva contra a Amazônia”.
Segundo o consórcio, “Bolsonaro venceu por pouco outros dois líderes populistas, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o presidente turco, Recep Erdogan”.
O jornalista investigativo Drew Sullivan, cofundador e editor do OCCRP e um dos nove juízes do prêmio, explicou o peso das políticas de Bolsonaro para a Amazônia na decisão.
“Apesar de muitos juízes discordarem, houve uma grande divisão entre Trump, Erdogan e Bolsonaro pela maioria dos votos. Foi só no fim que Bolsonaro venceu. E isso foi mais provavelmente por causa da Amazônia.”
De acordo com a entidade, o presidente brasileiro foi escolhido “por causa de sua hipocrisia — ele assumiu o poder com a promessa de lutar contra a corrupção, mas não apenas se cercou de pessoas corruptas, como também acusou injustamente outros de corrupção”.
O júri é composto por jornalistas de todo o mundo, ativistas e um acadêmico, que recebem sugestões de nomes e vão eliminado alguns candidatos até a elaboração final da lista.
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