Confusão encerra reunião de comissão que discutia relação de indígenas com garimpeiros na Câmara

A sessão contava com a presença do ministro da justiça e do presidente da Funai, que prestavam esclarecimentos aos deputados

por: NOVO Notícias

Publicado 25 de novembro de 2021 às 12:21

Confusão em Comissão na Câmara

Confusão na Comissão de Direitos Humanos e Minorias na Câmara – Foto: Reprodução

Nesta quarta-feira (2), uma confusão generalizada acabou interrompendo os trabalhos da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados, que discutia a relação do povo Yanomami com garimpeiros que tentam explorar terras onde vivem os indígenas, em uma região de floresta amazônica no estado de Roraima.

A sessão contava com a presença do ministro da Justiça, Anderson Torres, e do presidente da Funai, Marcelo Augusto Xavier, que foram prestar esclarecimento sobre a morte de crianças Yanomamis na terra indígena, em Roraima, quando dois meninos, de 4 e 5 anos, que segundo líderes dos nativos, foram sugados para o meio do rio Parima por uma draga, maquinário utilizado em atividades garimpeiras.

A reunião terminou antes do previsto, em decorrência de uma confusão que começou após um homem entrar no plenário com gritos de protesto, pedindo o fim do depoimento de um dos parlamentares, que defendia as ações do Governo Federal nas terras Yanomamis. Deputados pediram a retirada do manifestante, e uma confusão se instalou, impedindo que a sessão continuasse.

O deputado David Miranda (PSOL-RJ) utilizou as redes sociais para falar sobre o episódio. Segundo ele, os indígenas presentes foram atacados por parlamentares governistas.

A audiência acabou suspensa após tumulto provocado por deputados da base governista que atacaram os indígenas presentes com falas racistas. Nós tivemos Inclusive que fazer uma barreira humana para evitar que deputados bolsonaristas agredissem os indígenas que estavam em plenário“, disse o deputado do Rio de Janeiro.

Segundo o ministro da Justiça, o garimpo irregular na região aumentou depois que refugiados venezuelanos começaram a ultrapassar a fronteira em decorrência da crise vivida no país vizinho. Ele garante que a Polícia Federal tem feito ações para tentar coibir o garimpo na localidade.

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