Justiça

Justiça Com número de jurados insuficiente, júri do caso Gabriel é suspenso

A sessão iniciada na manhã desta terça-feira (4) foi suspensa porque apenas seis jurados estavam aptos a compor o conselho de sentença, sendo que são necessários sete

por: NOVO Notícias

Publicado 4 de junho de 2024 às 13:46

A sessão do Tribunal do Júri, que deveria julgar a morte do jovem Giovanne Gabriel de Souza Gomes, ocorrida em 5 de junho de 2020, foi suspensa durante o sorteio para escolha dos jurados que comporiam o conselho de sentença, nesta terça-feira (4), no salão do Tribunal do Júri do Fórum Tabelião Otávio Gomes de Castro, na cidade de Parnamirim.

Dos 21 cidadãos convocados pela justiça para participar da sessão, 13 foram recusados pelos representantes da defesa e acusação, e um deles, o último sorteado, alegou impedimento por ser amigo de um dos réus que estariam em julgamento, restando apenas seis jurados aptos a participar da sessão, o que levou à suspensão, dado que são necessários sete jurados.

O julgamento, marcado para iniciar às 8h30 desta terça-feira (4) e previsto para se estender até a sexta-feira (7), agora terá novas datas. Inicialmente, o juízo da 1ª Vara Criminal da Comarca de Parnamirim, prevê que o julgamento possa ocorrer nos dias 02, 03, 04 e 05 de julho, no entanto a definição ainda não é oficial.

Antes de iniciada a sessão, Priscila Sousa, mãe do jovem Gabriel, chegou a celebrar que o momento de colocar os acusados pela morte de seu filho no banco dos réus finalmente havia chegado. “Eu consegui chegar aqui, trazer os réus. Foram quatro anos de espera. Para mim, parece que foi ontem, mas foram quatro anos de luta e eu consegui. O sentimento é de que a justiça está sendo feita”, disse.

Relembre o caso

Giovanni Gabriel foi morto em 2020, aos 18 anos. Ele morava no bairro Guarapes, na zona Oeste de Natal, e no dia 5 de junho de 2020, havia saído para visitar a namorada no Loteamento Cidade Campestre, em Parnamirim. De acordo com o relato, Gabriel escondia a bicicleta perto da casa da namorada para evitar conflitos com o pai dela, que não aprovava o relacionamento.

Naquela manhã, a Polícia Militar foi acionada devido ao roubo de um carro em Parnamirim, pertencente à cunhada de Paullinelle Sidney Campos Silva, um dos sargentos da PM acusados da morte de Gabriel. Silva, junto com os agentes Bertoni Vieira Alves, Valdemi Almeida de Andrade e Anderson Adjan Barbosa de Sousa, todos lotados em Goianinha, iniciou a busca pelo veículo.

Gabriel foi encontrado pelos policiais próximo ao local onde o carro roubado estava. Apesar de explicar que estava apenas visitando a namorada, Gabriel foi abordado, liberado e novamente interceptado por outra viatura após moradores da região alertarem os policiais. Mesmo tendo informado que já havia sido abordado, ele foi colocado no porta-malas de um carro policial, sendo esta a última vez que foi visto com vida.

De acordo com as investigações da Polícia Civil, Giovanni Gabriel foi executado a tiros pelos policiais, e seu corpo foi deixado em São José de Mipibu, a cerca de 30 km de Natal e 20 km de Parnamirim. O corpo foi encontrado em 14 de junho, após intensas buscas por amigos e familiares.

Os policiais acusados, Paullinelle Sidney Campos Silva, Bertoni Vieira Alves, Valdemi Almeida de Andrade e Anderson Adjan Barbosa de Sousa, respondem por homicídio qualificado, sequestro e ocultação de cadáver. Eles estão atualmente em liberdade.

______________________________________________________________________________________________

Quer receber notícias úteis, relevantes, informativas e divertidas?

➡️ Assine gratuitamente a Comunidade do NOVO no Whatsapp.
➡️ gratuitamente o Canal de Notícias no Telegram.
➡️ Siga o NOVO Notícias no Twitter.

______________________________________________________________________________________________

Tags